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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A cidade lacustre de Ganviê, no Benin



Ganviê foi um refúgio formado no século XVIII pelo povo tofuni, cuja localização tinha por objetivo a defesa das campanhas de caça aos escravos do Reino do Daomé.
Os tofuni, guiados por seu chefe Agbogboe, encontraram a proteção nas aguas do lago Nokué graças às crenças religiosas de seus perseguidores, aos quais se proibia guerrear na agua.
Na língua dessa coletividade, Tofinu Ganviê significa o povo que encontrou a paz.
Assim foram surgindo esses povoados lacustres e a lenda da tribo que aprendeu a viver sobre as aguas.
Hoje, duzentos anos depois, esse povo continua habitando os 26.000 hectares deste lago, apesar de não pertencerem mais ao Abomé e sim a Republica do Benim.
Ganvié, So-Tchanhoué, So-Zouko e So-Ava são os nomes sonoros usados para batizar esses povoados lacustres onde habitam 40.000 pessoas.
Cerca de 15 mil habitantes moram em Ganvié sobre casas de palafitas a mais de três metros acima da água, construídas à maneira tradicional do país.
Estas construções são feitas geralmente de bambu e cobertas com folhas de palmeira. Entra-se nelas através de escadas. A cor azul das casas é uma proteção contra os espíritos do mal.
A Lagoa de Nokoue em Cotonou está separada por uma ponte da zona de Akpakpa.
O povoado Popo mora em sua desembocadura, onde também funciona um mercado onde se reúnem os habitantes de toda a costa quatro dias na semana.
Chamada de “Veneza da África”, tudo na cidade repousa sobre as águas.
A cidade tem uma mesquita, restaurantes, hotel, lojas e mercados flutuantes.