Seguidores

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Faces da África

Nos próximos dias quero compartilhar com meus amigos, fotografias comentadas das diversas etnias africanas. São fotos que encontrei na web de alguns ensaios fotográficos muito bonitos publicados em livros.
Esse titulo, que me agradou muito, foi inspirado numa reportagem da National Geographic sobre o trabalho de pesquisa feito por duas fotografas, Carol Beckwith and Angela Fisher.
Elas levaram trinta anos registrando essas imagens de povos, culturas e cerimonias tradicionais na África.
O nome "Faces da África" tem um duplo sentido em inglês porque "face" é a palavra usada coloquialmente para dizer rosto, mas também significa aspecto. Em português também é assim, mas às vezes não fica tão evidente.

O continente africano

Acredita-se que a vida humana começou no continente africano ha uns sete milhões de anos.
Hoje, a África é um continente com uma diversidade de povos, que representa 10% da população mundial. São cinquenta nações ao todo.
Os povos da África são quase sempre descritos pelas suas etnias ou por suas línguas. A África engloba varias etnias, com diversas características físicas e culturais, variando desde os baixos Pigmeus até os altos Massai.

População

Mais de 680 000,000 pessoas vivem na África, uma população que se expande rapidamente.
Apesar de ser o segundo continente em tamanho, sua densidade populacional é bastante baixa em determinadas regiões.
Isso se deve em parte ao deserto do Saara, que não é apropriado para habitação, e ocupa 1/4 do território africano.
Nos países africanos com maior desenvolvimento econômico, as taxas de nascimento e morte são mais baixas, ao contrario daqueles cuja pobreza traz a fome, e que são altamente populosos. A taxa de crescimento populacional do continente é de 3%.

Grupos étnicos

Os povos africanos pertencem a varias centenas de grupos étnicos diversos. Cada grupo tem sua língua distinta, tradições, arte, ofícios, historia modo de vida e religião.
Ha mais de cinquenta países na África, e alguns deles com mais de vinte grupos étnicos diversos convivendo dentro de seus territórios.
Ao mesmo tempo, grupos étnicos distintos foram influenciando-se uns aos os outros através dos tempos, contribuindo desta forma para enriquecer suas culturas.
A maioria dos países da África é habitada por seus povos de origem. Mas alguns grupos étnicos foram afetados pela migração dos povos árabes vindos do norte africano.
Durante o período colonial, famílias europeias mudaram-se para a África e permaneceram ali desde então. Em algumas partes desse continente ha asiáticos, vindos principalmente da Índia.
Os grupos étnicos mais conhecidos são: Árabes, Ashanti, Bantu, Berberes, Bushmen, Dinka, Fulani, Ganda, Hamitas, Haussa, Hotentotes, Kikuyu, Luba, Lunda, Malinke, Mouros, Nuer, Pigmeus, Semitas, Swahili, Tuaregues, Xhosa, e Iorubas.
A maior parte do povo africano vive uma vida rural, mas o continente esta se urbanizando a passos largos.
Mais de um terço dos africanos esta vivendo em cidades. Aqueles que vivem e trabalham nas grandes cidades metropolitanas, levam uma vida semelhante à dos povos no mundo industrializado.
Carros, televisões nos apartamentos e casas, computadores com acesso a internet, educados em excelentes escolas e seguindo carreiras universitárias.
Aqueles que moram em muitas cidades pequenas vestem-se no estilo ocidental e fazem o mesmo tipo de trabalho que as pessoas do mundo urbanizado fazem indústrias manufatureiras e serviços.
Todavia, não tem sempre todas as vantagens daqueles que vivem nas cidades maiores e mais desenvolvidas.
Suas escolas têm menos recursos, e as oportunidades para ganhar a vida não são variadas e os serviços disponíveis não são bastante avançados tecnologicamente.
Em contraste, ha diferentes grupos étnicos vivendo nas áreas rurais, cujos estilos de vida permaneceram intactos por séculos.
Eles possuem uma herança cultural rica passada de geração em geração, com pouca influencia do mundo exterior.
O atual continente africano consiste numa grande variedade de mundos. Seus povos vivem em diversas condições tanto de contrastes extremados como de classe media.
Há extrema pobreza e grandes riquezas; ha pessoas que sofrem de sede e fome, e pessoas que tem comida em abundância; ha enormes reservas naturais com abundância de vida natural e ha partes altamente urbanizadas de cidades com arranha-céus e conforto moderno.

Línguas africanas

O continente africano pode ser dividido em cinco regiões, Norte, Oeste, Centro, Leste e Sul. Cada uma delas apresenta uma característica cultural e geográfica, bastante diferente das demais, de vários modos: por exemplo, o que concerne às línguas.
As quatro principais famílias linguísticas são: Afro- Asiática Nigero-congolesa, Nilo Saarariana, e Khoisan. Cada uma delas é subdividida em grupos menores. Identificam-se ao menos 1000 línguas diferentes. Elas refletem a grande diversidade étnica do continente.
A língua constitui frequentemente uma barreira entre os diferentes grupos. As duas principais línguas faladas no norte da África são o árabe (no Egito e Sudão) e o Berbere (no Marrocos e Algeria).
Na região subsaariana as línguas são menos numerosas e agrupadas em famílias.
As maiores dessas famílias são o Banto (falada nas regiões centro e sul africanas), Kordofanian (entre a África do norte e a região Banto) e Khoisan (na África meridional).

Religião

A religião foi sempre o centro da vida do povo africano. Apesar da maioria dos africanos ser muçulmana e cristã nos dias de hoje, as religiões tradicionais subsistiram e ainda possuem um papel importante.
A religião é presente na vida cotidiana, marcada por preces de agradecimento em tempos de abundância, e de suplica nos tempos de necessidade.
Ha uma enorme variedade praticas religiosas em todo o continente.
Mas tem características comuns: a crença em um Deus superior e uma falange de deuses menores e de figuras semidivinas; a crença nos espíritos ancestrais; a ideia de sacrifício; muitas vezes envolvendo a morte de algo vivo para assegurar a divina proteção e generosidade; e a necessidade de submeter-se a ritos de passagem tanto para entrar na vida adulta como da vida para a morte.
Na historia do continente, a religião sempre teve poder sobre as mudanças politicas: as mensagens dos espíritos através dos médiuns levaram os seus povos a revoltar-se contra os governantes africanos e europeus, os espíritos ancestrais comandaram atos de destruição e deposição de lideres e governantes.