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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Forte de Qaitbey, Alexandria - Egito


Qaitbey tem o nome de seu construtor, o sultão Ashraf Abu El Nasr Qaitbey é uma fortaleza medieval que data do século 15, erigido em sobre as fundações do antigo farol de Pharos, uma das sete maravilhas do mundo.
O sultão Qaitbay aproveitou os restos do farol para construir no mesmo lugar a sua fortaleza.
Atualmente abriga o Museu Naval.
Do outro lado da rua, encontra-se o Aquário com suas colunas de granito e mármore e o Museu Hidrobiológico que acolhe um Aquário de água salgada com peixes do Mediterrâneo e do Mar Vermelho em 50 aquários.
A Ilha de Faros está unida à cidade por um dique de grande largo por onde circulam várias linhas de trem.

Alexandria

Alexandria é a segunda maior cidade do Egito e possui o maior porto do país. Foi construída pelos Gregos em 331 a. C., por ordem de Alexandre, o Grande, a quem a cidade deve o seu nome.
Essa cidade egípcia, à beira do Mediterrâneo, era um dos principais centros do mundo grego e a capital do Egito durante a dinastia Lágida (331-30 a. C.).
Tornou-se muito próspera graças aos seus primeiros governantes, os Ptolomeus, que assumiram o governo da parte egípcia do império de Alexandre.
Embora fosse egípcia, a maior parte da população de Alexandria era composta por gregos provenientes do sul de Itália, da Ásia Menor, das ilhas e das cidades gregas.
Além de mercadores e comerciantes, esta cidade atraiu ainda artistas, poetas e eruditos, sendo, durante três séculos, o centro do saber e da cultura.
Foi nesta grande metrópole do século III a. C. que viveram personagens como o matemático e físico Euclides, o físico Arquimedes e o astrónomo, geógrafo e matemático Eratóstenes.
A cidade sofreu várias mudanças ao longo da sua história.
A mais recente dentre elas foi causada por Gamal Nasser em 1952, que conseguiu afastar a grande maioria dos estrangeiros que tornavam essa cidade tão cosmopolita.
Pouco restou da magnificência de Alexandria, mas ainda sobrevivem alguns indícios da sua época aura cosmopolita.
Foi nessa cidade que se construiu a primeira biblioteca, a grande biblioteca de Alexandria, e o primeiro centro de pesquisa da historia.
Alexandria e o Mundo Grego eram o palco de grandes progressos científicos.
E o maior porto marítimo da época, sobre a pequena ilha de Faros, situada em frente da cidade, onde foi erguido um farol, o primeiro que se conhece na historia.
O seu arquiteto foi Sóstrato de Cnido e a construção, que levou 20 anos a completar-se, teve início durante o reinado de Ptolomeu I.
Por volta de 280 a. C. estava já concluído e em funcionamento.
Através das descrições existentes na literatura grega, latina e árabe medieval, e partindo das representações em moedas e outros objetos encontrados em Alexandria, é possível ter uma ideia aproximada do aspecto do Farol.
O edifício era formado por três andares, atingindo uma altura de cerca de 120 metros, o andar inferior era quadrado e o central era ortogonal.
Em ambos havia janelas. Do terceiro andar existem várias reconstruções, mas é provável que fosse constituído por uma colunata circular sobre a qual assentava um telhado cónico.
No seu topo havia uma enorme estátua, representando talvez Poseidon, deus dos mares, com o seu tridente.
Toda a decoração escultural incluía ainda criaturas marinhas antropomorfas.
O acesso ao topo, onde se encontrava o fogo ou luz, era feito por dentro do edifício, através de uma escadaria.
Pouco se sabe acerca do material utilizado para combustão. A alusão ao uso de óleos minerais, encontrada em alguns registos, sugere que se tratava de petróleo ou de nafta.
Um enorme refletor de bronze polido dirigia e intensificava a luz, convertendo-a num potente feixe que se dizia ser visível do mar, a cerca de 50 metros de distância.
A grande altura do edifício, enquadrado pelas terras baixas e planas do porto e do delta do Nilo, deveria ter sido, só por si, bastante impressionante.
Em frente da entrada do monumento, como que vigiando a entrada do porto, erguiam-se duas estátuas colossais representando Ptolomeu II e sua esposa Arsinoe.
O Farol de Alexandria foi uma expressão monumental do conhecimento cientifico da época, e a única das sete magníficas obras a ter uma função prática.
O farol sobreviveu por vários séculos sendo a mais recente e a mais moderna dentre as maravilhas do Mundo Antigo.
Apesar de ter sofrido ligeiros danos no tempo de Júlio César, durante o reinado de Cleópatra VII, permaneceu em bom estado de conservação até ser bastante danificado pelo terremoto que, em 796, levou ao afundamento da cidade.
Parcialmente reconstruído, caiu gradualmente em ruínas, acabando por ser incorporado nessa fortaleza, construída pelo sultão mameluco Qaitbey.
Em 1995, sob as águas do porto da moderna Alexandria, equipes franco-egípcias de arqueólogos encontraram os vestígios da última capital do Egito, a cidade de Alexandre Magno, da lendária Cleópatra e do famoso Farol.
Através da localização por satélite, foi possível observar e cartografar peças e monumentos de diversas épocas.
Em redor da fortaleza de Qaitbay, foi descoberto o alinhamento de enormes blocos de granito pertencentes a um monumento existente na extremidade da ilha de faros, imediatamente identificado como sendo o antigo Farol.
Pouco depois, foi descoberta a colossal estátua de Ptolomeu II, que ficava em frente da entrada do Farol.
Na ilha submersa de Antirrhodos, no porto oriental de Alexandria, foram descobertas as ruínas do palácio de Cleópatra, o templo de Ísis e aquilo que poderá ter sido a residência de Marco António, bem como uma colossal cabeça dele.
Foram ainda identificados vestígios de construções anteriores à época de Alexandre Magno, edificações do século II d. C. e frisos com insígnias da época de Caracala.