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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Leptis Magna, a Roma Africana - Líbia

Sitio arqueológico de Leptis Magna

Leptis Magna é uma cidade de origem cartaginesa com importante ligação com o comércio africano.
Leptis Magna (Lepcis Magna), também chamada de Neapolis, foi uma cidade próspera do Império Romano.
Era um das cidades mais bonitas do Império, embelezada por Septimio Severo que ali nasceu e tornou-se imperador de Roma.
Em Leptis Magna o visitante deixa-se envolver pelas histórias que as pedras guardam. Uma delas é a Medusa.
Entre os magníficos edifícios que ainda conservam-se restos destacam-se a basílica, o teatro, um gigantesco foro e os banhos, que são os maiores dos arredores de Roma.
Suas ruínas estão situadas em Al-Khums, Líbia, 130 quilômetros ao leste de Trípoli.

Fenícia e Roma

A cidade foi fundada por colonos Fenícios por volta de 1100 AC, embora não tivesse a mesma importância que Cartago que se transformou numa potencia do mar Mediterrâneo no século 4 a.C.
Neapolis fez parte do estado Cartaginês até a segunda guerra púnica. Em 146 AC foi anexada á república Romana.
Leptis Magna permaneceu assim até o governo do imperador romano Tibério, quando a cidade foi incorporada ao império como parte da província romana da África.
Logo transformando-se na terceira cidade mais importante de África romana.

Romanos e Árabes

Tripolitania, a Líbia romana, alcançou sua época dourada por volta de 190 DC, quando Septimius Severus, natural de Leptis Magna, converteu-se Imperador de Roma.
Com o enfraquecimento do império chegaram as invasões de bárbaros e vândalos, que acabaram com todo resto de esplendor no século V.
Após breve domínio do Bizâncio, os árabes chegaram no século VII e rapidamente tornaram o país parte do Islã.
Os árabes tiveram o domínio da região até os turcos conquistá-la no século XVI.
Líbia era governada, não desde Constantinopla, mas por mandatários expressamente enviados à zona com a principal intenção de cobrar uma espécie de pedágio marítimo aos barcos ocidentais que passavam por essa parte do Mediterrâneo.

Presença Italiana

Após as guerras napoleônicas, Líbia ficou como o último reduto de Constantinopla na África, com a divisão colonial Itália fez o controle.
Os colonizadores iniciaram um cruel processo de "italianização" da zona entre 1911 e o fim da II Guerra Mundial no qual a metade de um milhão de habitantes nativos foram assassinados ou exiliados.
Depois da guerra a Itália foi obrigada a abandonar a Líbia, que ficou sob mandato das Nações Unidas enquanto decidiam o seu destino.
Em 1951 fez-se independente sob o reinado de Idris, não muito popular entre seus súditos.
Em 1969, no meio de um intenso ambiente regional de "pan-arabismo", um grupo de oficiais liderado por Muammar al-Gaddafi deu o golpe de estado, destituindo o rei Idris.
Trípoli, a "noiva de branco do Mediterrâneo" é a capital da Líbia, pais do norte da África.
Os líbios chamam sua capital de Tarabulus al-Gharb, que significa Trípoli do Ocidente.
Denominada Onea na antiguidade, Trípoli foi fundada pelos fenícios por volta do ano 500 a.C.
Sob os romanos Onea formava as Trípolis (três cidades) junto com Sabratha e Leptis Magna.
Lucius Septimius Severus
Septímio Severo , nascido a 146 DC.
Com a morte de Comodo, as legiões do Danúbio colocaram no poder o seu comandante, Septímio Severo.
Severus foi um imperador romano de origem africana, fundador da dinastia dos Severos (193-235), e o primeiro imperador romano nascido em Leptis Magna.
Veio para Roma no início da década de 160.
Com a idade de trinta anos, ele voltou a Leptis e casou-se com Paccia Marciana, que morreu sem ter filhos, vários anos mais tarde.
Viúvo casou-se (187) com Julia Domna, membro de importante família de sacerdotes de Emesa, com teve os filhos Caracalla (188 d.C.) e Geta (189 d.C.).
Foi imperador romano de 193 a 211 d.C.