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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Máscaras africanas

As mascaras africanas datam da era paleolítica.
Esses objetos de arte são feitos de vários materiais como couro, metal, tecido e vários tipos de madeira.
Elas estão entre as mais belas manifestações artísticas do mundo, e por isso são muito procuradas por colecionadores.
Muitas dessas peças e replicas podem ser apreciadas nos museus e galerias de arte.
As cerimonias de máscaras na África tem um grande significado cultural e tradicional.
Com a recente compreensão dos princípios estéticos e dos valores religiosos e cerimoniais,
ampliou-se a percepção sobre as ideias e valores morais expressos nessa arte.
As mascaras são usadas durante as celebrações, iniciações, colheita e preparação para guerra, por dançarinos iniciados. Elas podem ser vestidas de três modos:
Verticalmente cobrindo o rosto, como elmos cobrindo toda a cabeça, ou como cristas sobre a cabeça geralmente cobertas por com algum material que faz parte da roupa.
Elas representam na maior parte das vezes algum espirito, que se acredita ser algum ancestral a possuir seu usuário.
As cerimonias rituais geralmente representam divindades, espíritos ancestrais, seres mitológicos, o bem e o mal, os mortos, espíritos de animais, e outros seres que detém poder sobre a humanidade.
Mascaras ou totens de ancestrais (seres ou animais aos quais os clãs estão vinculados) são geralmente objeto de orgulho das famílias. E quando considerados moradia de espíritos, as mascaras recebem cerimonias e oferendas.
Durante a cerimonia de mascara o dançarino entra em transe profundo, entrando em contato com os seus ancestrais.
Um sábio ou tradutor acompanha algumas vezes o mascarado durante o ritual. O dançarino lhe traz mensagens de sabedoria dos seus ancestrais.
Frequentemente essas mensagens são grunhidas e o tradutor irá decifra-las. Essas cerimonias e rituais são acompanhadas por musica e cânticos e danças tocadas por instrumentos tradicionais.
Esses rituais e cerimonias tem feito parte integral da vida africana por milhares de anos.
Com o parcelamento da África pelos colonizadores, e o danos causado nas economias tradicionais, seguiu-se o deslocamento de grandes quantidades de pessoas dos seus lugares de origem. Com isso os sistemas de produção entraram em colapso.
Na maior parte dos casos um grande numero de pessoas perderam as suas culturas e identidades tribais, ao ponto de quase extinguir essas praticas.
As mascaras africanas são retratos dramatizados dos espíritos, ancestrais e dos poderes invisíveis do controle social.
Cada mascara é feita de acordo com um estilo tradicional, e usada por um dançarino bem treinado.
Essas mascaras estão expostas nos museus do ocidente, mas despojadas de suas vestes, que fazem parte do conjunto usado nessas danças vibrantes e altamente estilizadas.
Esses cerimoniais complexos expressam os valores morais, sociais e religiosos de toda a comunidade.