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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Palácio real de Abomey - Benin


Abomey é um primitivo enclave da etnia Fon. Foi a capital do antigo reino Dogbagri, de grande esplendor.
Os palácios reais do Abomey são um grupo de estruturas construídas de barro pelos povos Fon entre meados do século XVII e finais do século XIX.
A cidade era circundada por uma muralha de taipa com uma circunferência estimada em seis milhas, atravessada por seis portões, e protegida por uma vala de 1,5 m de profundidade, preenchida com uma sebe densa de acácia espinhosa, a defesa usual das fortalezas africanas ocidentais.
Dentro das paredes, estavam as vilas separadas por campos, por diversos palácios reais, por uma praça de mercado e por um campo grande que continha as choças.
Em novembro de 1892, Behanzin, último rei independente do Daomé, sendo derrotado por forças coloniais francesas, ateou fogo a Abomey e fugiu para o norte. A administração colonial francesa reconstruiu a cidade e conectou-a com a costa por uma estrada de ferro, trazendo Abomey ao mundo moderno.
Quando a UNESCO designou os palácios reais de Abomey como Patrimônio da Humanidade em 1985, afirmou:
Entre 1625 e 1900, doze reis sucederam um ao outro na cabeça do reino poderoso de Abomey. À exceção do rei Akaba, que usou um local separado, cada um teve seu palácio construído dentro da mesma área, considerando o uso do espaço e dos materiais de acordo com palácios precedentes.
O palácio real de Abomey é a única lembrança deste reino desaparecido, o principal legado arquitetônico desse povo, atualmente transformado em museu onde se podem contemplar os túmulos dos reis Ghezo e Glele que lutaram valentemente contra a ocupação francesa.
Foi fundado em 1943 pela Administração Colonial Francesa, mas desde 1985 é considerado patrimônio mundial pela UNESCO.
Sua arquitetura é universalmente conhecida pelos baixos-relevos existentes nas pilastras e nos muros desde o fim do século XVIII, com uma iconografia feita animais e cenas de figuras humanas codificadas, modeladas e muito coloridas.
Desde 1993, 50 dos 56 baixos-relevos que decoravam as paredes do palácio do rei Glelê (1858-1889) (denominado agora Salle des Bijoux ou "Sala das Jóias") foram removidos e substituídos na estrutura reconstruída.
Os baixos-relevos trazem um código iconográfico que expressa a história e o poder dos Fon.
Muitos dos objetos do reino de Daomé estão hoje conservados no Museu Histórico de Abomey instituído nas edificações do palácio dos reis Guezo e Glelê. Ali estão as relíquias dos reis, uma excelente mostra com tronos, estátuas reais, jóias e o tesouro deste povo.
História do reino de Daomé
Abomey era a capital do antigo reino do Daomé (que era situado onde é agora a nação africana ocidental do Benin). O reino foi estabelecido aproximadamente em 1625.
Século XVII, uma época de uma África conturbada, de guerras entre as tribos e constantes ataques escravagistas estrangeiros.
O culto aos reis mortos se dava em Abomey, onde se erguia o Palácio de Dãxome. É quando Dako-donu, chefe da nação Fon, para conquistar mais territórios começou a guerrear com Dã, rei de Abomey, que era apenas uma cidade Dako-danu o venceu... o matou... e espalhou suas entranhas sob as fundações do Palácio que construiu como lembrança a sua vitória.
Deu-lhe o nome de Dahomy, Casa construída sobre o estômago de Dã, a cobra. Lá foram enterrados grandes bambus formando um imenso e imponente corredor.
Dako-donu fixou residência em Abomey e se intitulou rei do Dahomy, posteriormente Dahomé.
Durante muitos anos continuaram as lutas por conquistas de novos territórios. Muitos reis passaram e o Daomé, que era apenas uma cidade, ao chegar às mãos de Agongolo já era um país pronto a florescer sobre a direção de magnânimo senhor.