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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Chefe da tribo Pendê - Republica Democrática do Congo

O Povo Pende vive no sudoeste do Congo, perto dos rios Loango e Kasai.
São conhecidos também como Bapende, Phenbe, Pindi, Pinji e falam KiPende, uma língua banta.
Estão divididos em dois principais grupos:
Aqueles que vivem na região ocidental, a leste do rio Yaka, e os orientais que vivem a oeste do rio Kasai.
Apesar de serem culturalmente distintos ambos os grupos consideram-se uma única nação.
O povo Pende, tal como seus vizinhos Yaka e Suku, são originários da região onde está atualmente o pais angolano entre a costa atlântica e o rio Kwanza.
Foram expulsos de sua terra durante a expansão Lunda em 1620, emigrando para a direção norte, do que resultou valiosa influencia cultural.
A expansão Chokwe por volta de 1885 absorveu a maioria do povo Pende oriental bem como alguns ocidentais.
O colonialismo segurou a expansão dos Chokwes e permitiu aos Pende reaver sua independência.

Economia

Eles são agricultores na sua maioria. Cultivam painço, milho, bananas e amendoim.
Suas mulheres se ocupam da maioria do trabalho rural e de todo o comercio de seus produtos nas feiras livres.
Os homens ajudam a arar os campos e a caçar e pescar ocasionalmente em seus numerosos rios, para complementar sua dieta.
Seus ferreiros gozam de enorme prestigio uma tradição que ainda cujos vestígios ainda esta muito viva nos dias de hoje.
Por isso tem status social equivalente ao dos chefes.
Ao chegar a suas aldeias, o visitante costuma ser homenageado diariamente por toda a população.

Sistema politico

O povo Pende reúne aproximadamente sessenta pequenos reinos, cada um deles compreendendo vários clãs, encabeçados por um chefe cuja função principal é de ordem religiosa.
Os membros da tribo estão divididos em numerosos grupos territoriais, sendo que os principais estão em Kwilu e Kasai.
O poder politico central está sujeito à lealdade com os chefes familiares conhecidos como Djigo. Por isso não exerce uma autoridade significante.
O sistema politico é controlado pela linhagem matrilinear e por casamento.
O tio mais velho do lado materno, que obtiver maior reconhecimento encabeçará a linhagem.
Será o mediador que zela pelo bem estar da família e cuida dos ancestrais.
Os ancestrais são considerados a fonte de saúde, fecundidade e fertilidade do povo.

Religião

Os Mvumbi, ancestrais, são cultuados através de vários rituais e oferendas.
O chefe da família é responsável pelo cuidado com seus altares e aplacar os espíritos.
Para eles a forma com que a pessoa morreu é que determina se o espirito é bom ou mau.
São cultuados e celebrados pelo povo nas festas de mascaras diante dos seus santuários que ficam nas cabanas dos chefes na orla da floresta.
Quando os ancestrais são negligenciados podem causar danos à família, resultando em doenças ou problemas.
Para saber como tratar é preciso da ajuda de um adivinho que saberá dizer qual será a melhor maneira de aplacar os espíritos.
Através dos adivinhos, o espirito pode solicitar a oferenda de uma imagem entalhada em madeira feita por algum escultor da tribo.

Escultores

Apesar de a sociedade ser matrilinear, o oficio de escultor é transmitido de pai para filho.
As imagens de madeira, bonecas da fertilidade, são esculpidas na região noroeste do território.
Assim como as banquetas, cajados, cadeiras e espadas usadas pelos chefes e por outras personalidades importantes, como símbolos de seu poder.
A estatua de uma esposa do chefe é colocada no teto da casa, ela simboliza a fertilidade e enfatiza a importância das mulheres.
Dentre as principais obras de arte do Kasai ocidental estão as grandes esculturas em forma de postes na varanda das casas, cuja função é a de glorificar a moradia do chefe e também servir de proteção.
Os Pende fabricam objetos rituais e de uso domestico, tais como cadeiras, banquetas, flautas, cajados, apitos, trompas, tambores, armas, taças adzes, pilões e instrumentos de adivinhação.

Mascaras

O povo Kwilu Pende é conhecido principalmente por suas mascaras, que estão entre as mais expressivas entre toda arte africana.
Usadas originalmente durante rituais de aprendizagem e iniciação tornaram-se recentemente acessórios para teatro popular.
Elas incorporam as forças ancestrais e servem como intermediarias entre o mundo material e espiritual.
Totalizam aproximadamente vinte tipos e sete "mascaras de poder" que são exibidas durante as cerimonias tais como plantação do painço, a circuncisão, rituais de iniciação e entronização de um chefe.
As "Minganji”, ou máscaras de poder representam os ancestrais.
As "Mbuya", ou mascaras da aldeia, representam os tipos humanos, como o chefe, o adivinho, o epilético com sua boca torta, o louco, o homem em transe, a viúva, o amante, e o carrasco.
Essas mascaras vieram da região Kasai-Pende e espalharam-se entre o subgrupo oriental dos povos Pende.
A função especifica delas não é muito clara.
Entre os vários tipos existentes de mascaras, homens e animais estão frequentemente associados, e no Kasai ocidental ha um tipo em particular de mascara que associa o homem com a função arquitetônica.
As mascaras usadas pelos povos orientais são pintadas de branco, vermelhas e pretas e decoradas com fileiras de triângulos aplicados sobre a madeira pintada de vermelho terra.
São planas e caracterizadas pelos seus estilos exagerados e orelhas largas e protuberantes.
A protuberância na mascara panya ngombe, está associada com o búfalo, que é um símbolo da realeza.
Assim como esse estranho capacete que está na foto.
Ha dois estilos principais:
A mascara Mbuya do povo ocidental Kwilu, caracterizada por sua expressão sombria e triste, e a Kasai que é mais geométrica e colorida.
Os Pende também entalham pingentes no formato de mascaras em miniatura para usar em volta do pescoço como amuletos.
São feitos geralmente de marfim, mas ha também alguns de osso, metal e madeira.