Elas fazem seus próprios bonecos e usam essas marionetes para contar as histórias tradicionais, que ainda são relevantes para sociedade togolesa atual.
É um grupo performático que além de manejar esses títeres ainda tocam, cantam e dançam.
A arte da marionete no Togo está se renovando.
Enfrentando todo tipo de dificuldades, mas conscientes de sua riqueza cultural e seduzidos pelas influencias de outras culturas, os artistas procuram afirmar a sua identidade.
O interesse demonstrado pela sociedade por essa arte é testemunho disso.
Na sociedade tradicional togolesa ainda fortemente penetrada pelo misticismo e magia, raízes religiosas, a expressão do culto aos espíritos ancestrais está bastante viva e as influencias externas não conseguiram destrui-la.
Os elementos espirituais dominam os materiais.
Os valores religiosos e sociais sobrevivem, assim como os valores artísticos.
A sociedade se faz presente como audiência.
A arte não é um simples jogo isolado sem consequência, ela se interage sobre a vida coletiva.
Se a arte da marionete não transforma a vida da sociedade togolesa, ajuda a melhorá-la. E educa nos aspectos morais, políticos, profiláticos e sociais.
O criador não nunca opera sozinho, é o meio social que molda sua obra.
Os contatos estéticos externos favorecidos pela residência fixa dos artistas em Lomé, a capital, e as viagens ao exterior durante as turnês internacionais, trazem outros conhecimentos, técnicas, estéticas, que eles incorporam frequentemente no seu trabalho.
A inspiração, zona intermediária entre o claro e o escuro, região de trocas entre o consciente e o inconsciente, brota na invenção do artista enriquecida pelos mitos, ritos e instituições aonde o sonho é um dos meios.
O artista sai enriquecido por estas duas fontes de inspiração, uma tradicional e inconsciente de certa forma, e a outra exterior e consciente através dos contatos estéticos nessa mescla de técnica e estética.