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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Líder Bwami - povo Lega - Republica Central Africana

O povo Lega vive perto do lago Tanganica, nas margens do rio Lualaba na Republica do Congo.
São conhecidos também por Warega.
Vivem em aldeias autônomas governados sob a forte autoridade da sociedade comunal Bwami.
Essa sociedade iniciatica é composta por homens e mulheres que se esforçam para atingir os graus mais adiantados de prestigio e reconhecimento moral.
O membro mais velho de cada clã, e que obtiver o maior prestigio dentro da sociedade Bwami, será o chefe do povoado será reconhecido como Kindi, aquele que exerce o poder moral e líder dentro dessa comunidade.

Historia

No século XVI o povo Lega iniciou sua migração da atual Uganda para fixar-se as margens do lago Tanganica.
Eram guerreiros cuja bravura, inspirou todos os povos com quem mantiveram contato, a adotar os seus costumes.
No século XVII atacaram o posto de Rutshurer em Ruanda, no seu trajeto para Maniema, a oeste de Tanganica, dividindo e conquistando os povos que viviam nessa região.
Atualmente ainda dominam essa região.

Economia          

São tradicionalmente agricultores, cultivam mandioca, bananas, arroz e recentemente dedicam-se a mineração de ouro nos rios aluviões.
Nessa região ha minérios de ferro para as ferramentas que empregam no seu trabalho cotidiano.
A sociedade Bwami requer altos pagamentos daqueles que pretendem se iniciar na carreira politica.
Isso resulta mesmo nas áreas rurais, de grandes somas de dinheiro circulando por essa região.
Sistema politico

A comunidade não está organizada sob uma autoridade central. Ao contrario, são comunidades individuais estratificadas de acordo com as hierarquias de suas linhagens.
O líder de cada linhagem herda sua posição através de um sistema patrilinear. O sistema é conduzido pela sociedade Bwami, e teoricamente aberto para qualquer cidadão, numa escalada que envolve numerosos estágios hierárquicos.
O poder na comunidade é frequentemente determinado pelo status dentro da sociedade bwami. A demanda por altos pagamentos para atingir os postos mais altos desafia a estrutura de poder das linhagens.

Religião              

Os deuses principais são Kalaga, o promissor; Kenkunga, o agrupador; e Ombe, o oculto.
Kaginga é considerado como a encarnação do mal e aquele que ajuda os feiticeiros.
Ao entrar para a sociedade Bwami, pode-se adquirir imunidades contra os feitiços da maioria dos bruxos.
Os Kindi, O nível mais alto entre os Bwami, estão diretamente associados com os esqueletos dos ancestrais, mantidos em cabanas no centro das aldeias.
São objetos e fetiches que detém poderes sobrenaturais e, portanto não se expõe para o publico, apenas para os Kindi.

Mascaras

A sociedade Bwami é o contexto para a produção da maioria das máscaras Lega e de sua arte, que inclui estatuetas de marfim, madeira e mascaras.
Os objetos de marfim pertencem aos chefes Kindi e Yonanio, enquanto os de madeira, a níveis inferiores dentro da hierarquia social.
A maioria da arte Lega é associada com os vários rituais e cerimonias da sociedade Bwami, que hoje esta aberta tanto para homens como mulheres, e que regula a vida social e politica da comunidade.
O sistema complexo de instrução, iniciação e elevação na hierarquia Bwami, usa essas mascaras e figuras para documentar os vários níveis de ascensão na sociedade servindo como emblemas para validar o conhecimento adquiridos pelos jovens na iniciação dos segredos Bwami, bem como seu grau hierárquico.
O iniciado obtém o privilegio de usar e mostrar sua mascara. Pode carrega-la tanto no braço, como usá-la no rosto ou deixa-la exposta num suporte sobre o chão.
Essas máscaras são entalhadas num padrão distinto, com uma forma de coração côncava no rosto com uma leve protuberância na testa, olhos afilados e uma boca levemente aberta.
A superfície das mascaras é esfregada com pemba, uma argila branca a cada vez que são utilizadas, adquirindo uma pátina com o tempo que revela os diversos padrões decorativos como os pontos em volta do rosto e as linhas sob os olhos.
Essas mascaras são conhecidas como Lukwakongo, são relativamente iguais na forma, havendo, entretanto algumas distinções de acordo com sua importância simbólica no ritual.
Ha sete níveis de ascensão dentro da sociedade para os homens e quatro para as mulheres.
A maioria das mascaras são usadas para os primeiros níveis.