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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O Timi (rei) de Ede, no santuário de Xangô - Nigéria

John Adetoyese Laoye I, Timi of Ede foi uma figura proeminente entre os iorubas, um rei musico e perito dos tambores iorubas.
Em Edé, cidade iorubá, Timi significa rei.
O instrumento que ele toca é o iya-ilu ou tambor-mãe, que pertence a um conjunto de tambores chamado dun-dun.
Os dun-dun têm forma de ampulheta e possuem campainhas penduradas que soam quando o músico toca.
O iya-ilu é um tambor falador.
O tambor falador faz parte dos instrumentos chamados membrafones.
Tem a forma de uma ampulheta, com couro em ambos os lados, e conhecido na Nigéria por dundun, o que significa som suave.
O tambor é um aspecto essencial para a cultura iorubá.
Para as sociedades secretas como a Ògbòni e para o panteão dos deuses conhecidos coletivamente por orixás, o musico percussionista pode servir como narrador de uma história durante uma cerimonia, ou para anunciar, com grande pompa, a chegada de algum visitante.
Contam passagens míticas acompanhadas por cantos e toques de tambores.
Um musico fala palavras de louvor em seus poemas, orikis, acompanhados pelas frases do tambor.
E pode auxiliar um sacerdote a conduzir as atividades do ritual.
Assim como os sacerdotes e adivinhos, eles são um meio de conectar o mundo social dos iorubas com o mundo oculto.

A cidade de Ede

A cidade de Ede é uma das mais antigas da nação iorubá.
De acordo com a tradição, Ede foi fundada por volta de 1500 por Timi Agbale, um guerreiro caçador enviado pelo Alafin (rei) Kori, da cidade de Katunga, a antiga Oyó.
Ede representa historicamente uma das cidades chaves, dentro da cultura ioruba.
O festival Egungun (de ritos ancestrais) ainda é bem celebrado nesta cidade, bem como algumas cerimonias tradicionais.
  
Foto
Essa é uma foto de 1970 [slide]
Works of art in situ
fotografo: Roy Sieber,1923-2001

Faz parte da coleção de fotos nigerianas doadas para o EEPA em 1993 pelo fotografo Sieber falecido em 2001.
São mais de 1000 negativos em branco e preto feitos durante sua primeira viagem em 1958, e slides coloridos de suas visitas subsequentes.
Sieber foi o curador do EEPA, Eliot Elifoson Photographic Archives, no Smithsonian's National Museum of African Art.