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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Gu, vodun Ewe Fon - Togo e Benim

Na mitologia tribal do Daomé, atual Benim, Gu representa o deus da guerra e o patrono dos artesãos e ferreiros.
O filho de Mawu-Lissa começou como um simples operário e foi enviado para a terra para fazer tarefas estranhas como "tapar" algumas crateras, "ajeitar" oceanos que vazavam, e coisas desse tipo.
Os mortais ficaram muito gratos com essa ajuda e elevaram Gu a divindade.
Seus pais, Mawu-Lissa, lhe deram a incumbência de tornar a terra habitável para os humanos, uma tarefa na qual ainda está envolvido.
Ha indícios que o culto de Gu foi introduzido no sul do Daomé ao final do século XVII por ferreiros iorubás.
Com o tempo foi tornando-se bastante popular, sendo cultuado por todos, inclusive nos
altares de outros voduns.
O seu emblema é o gubassá, uma adaga metálica adornada com desenhos simbólicos e utilizada em diversos rituais, incluindo o culto de Fa.
Ha também uma adaga menor, o gudaglô, um fetiche usado para garantir a proteção contra os males que afligem seus filhos.
Sua imagem é frequentemente representada segurando estes dois facões, o gubassá na mão direita e o gudaglô na mão esquerda.
Gu é a denominação do orixá Ogum tanto no Ewe, Etnia do Togo como no Fon, Etnia do Benin.
Na língua fon a palavra "gu" significa ferreiro aquele que conhece e domina as artes do fogo, com características semelhantes a dos deuses romanos Marte e Vulcano.
Devido ao domínio da potencia do fogo, Gu é considerado um grande amante e símbolo de potencia sexual.
Por ser um vodun que não tem cumplicidade com o mal, é capaz de exterminar todos aqueles que agem de modo infame, característica expressa nos dizeres "da gu do", dos fons.