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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Caninha - Raízes do samba


Compositor e cavaquista

José Luiz de Morais, compositor e cavaquista, nasceu em Jacarepaguá, RJ no dia 6/7/1883 e morreu em Olaria, RJ no dia 16/6/61, aos 78 anos incompletos.
“‘Olha a caninha! Caninha doce! ’ – Assim apregoava pelas ruas do Rio de Janeiro, em fins do século XIX, um menino franzino vendedor de roletes de cana. Por esse motivo, ele ficou conhecido por Caninha”. 1
Filho de Gregório de Morais e Adelina Silva e irmão de Claudionor Correia de Sá, aos 8 anos ficou órfão.
Aos 12 anos, residindo no bairro da Cidade Nova, começou a perambular nas ruas com seu tabuleiro de roletes de cana. Foi por esta época e imediações que passou a conviver com outros garotos menores, futuros músicos, tais como: Sinhô, João da Baiana, Donga e Pixinguinha.
Foi um dos fundadores do Rancho Dois de Ouro. Passou ainda por vários ranchos até ser diretor de canto do Recreio das Flores.
Participou de vários grupos musicais tais como: Grupo de Caxangá, Grupo Cidade Nova, e o Sou Brasileiro.
Em 1918, na famosa festa da Penha, lança o seu primeiro sucesso: Gripe Espanhola.
Na década de 20, Caninha divide com seu “adversário” Sinhô a honra de ter os maiores sucessos populares:

São dois Josés perigosos
São dois cabras infernais
José Barbosa da Silva
E José Luiz de Morais
(Visconde de Bicoíba)

No início dos anos 30, com o aparecimento de novos compositores de gabarito, tais como Noel Rosa e Ismael Silva, começaram a chamá-lo de ultrapassado. Em resposta, em 1933 compõe É batucada, com o qual vence, na interpretação de Moreira da Silva, o primeiro concurso de sambas e marchas carnavalescas promovido pela prefeitura do então Distrito Federal, e por tal condecorado oficialmente pelo prefeito com o Diploma de Sambista. Afinal, vencera 63 compositores.
Depois deste fato, Caninha afasta-se da vida artística, só retornando em 1954, no Festival da Velha Guarda, organizado por Almirante para a comemoração do IV Centenário de São Paulo.
Em 1942 Caninha casa-se com Edméia Franco e em 1945 aposenta-se como funcionário público.
Caninha compôs no total 49 músicas.

Principais sucessos:

Até parece coisa feita, Caninha (1919)
É batucada, Caninha e Visconde de Bicoíba (1933)
Essa nega qué me dá, Caninha (1921)
Me sinto mal, Caninha (1922)
Ninguém escapa do feitiço, Caninha (1920)
O Kaiser em fuga, Caninha (1919)
Que vizinha danada, Caninha (1921)
Quem vem atrás fecha a porta (Me leve, me leve seu Rafael), Caninha (1920)