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quinta-feira, 8 de março de 2012

Agbadá - túnica nigeriana


Indumentária africana

Agbada é o nome ioruba para um tipo de túnica bordada, muito usada na Nigéria por homens importantes como chefes e reis e também nas ocasiões cerimoniosas como casamentos e enterros.
O nome Hauçá para essas túnicas é Riga. Atualmente continuam sendo tecidos a mão, mas bordados a maquina. Antigamente eram bordada a mão.
Esses trajes finos tornaram-se heranças passadas de pai para filho e usados com orgulho nas cerimônias importantes.
No passado, esses trajes eram exportados e vendidos para longe.
Atualmente encontram-se em uso em toda África ocidental.
No final do século XVIII e começo do XIX, a região onde fica a atual Nigéria, foi invadida pelos Fulas, povos muçulmanos governados pelo chefe Uthman dan Fodio, inspirados pela Jihad islâmica.
Os emirados muçulmanos afastaram os lideres de toda essa região, desde as cidades-estado dos Hauçás ao norte, passando pelos povos Nupe às margens do rio Níger, até a cidade ioruba de Ilorin.
O reino ioruba de Oyó foi derrotado e sua capital foi abandonada em 19830.
Os novos governantes trouxeram consigo um estilo de roupa masculina que consistia de robes soltos no corpo e calças largas adaptadas para montaria.
Além disso, instituíram a tradição de roupas de prestigio “robes d´honeur”, trajes bordados e turbantes, que se tornaram insígnias tanto para oficiais quanto para governantes.
Os emires e chefes compraram as mais finas roupas para si e para seus numerosos cortesãos.
Desenvolveu-se assim uma indústria de tecelagem e bordados, além de alfaiates e tintureiros, para atender aos principais emirados.
Os governantes de outras cortes, como os reis iorubas, sob o domínio dos fulas, adotaram o mesmo estilo de vestimentas.
No século XX esses trajes tornaram-se as roupas oficiais dos homens de prestigio por toda a região da Nigéria e vizinhanças.
As melhores roupas eram confeccionadas com tecidos finos tais como o Fari, um algodão cardado á mão.
A Tsamiya, Sanyan em Yoruba, uma seda rustica e crua.
O Magenta importado (vermelho vinho).
A seda Alharini, Alaari em Ioruba.
E o Saki, conhecido pelos iorubas como Etu, um algodão cardado e tinto com índigo.
Essas roupas eram bordadas com desenhos clássicos conhecidos como "duas facas" e "oito facas".
Atribuía-se a esses desenhos bordados o papel de proteção bem como o de reforçar os bolsos e o colarinho do traje.
Nos últimos tempos com as mudanças de moda, a introdução de máquinas de bordar, e a farta importação de tecidos, essa manufatura tradicional foi caindo em qualidade, e praticamente se extinguiu.