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segunda-feira, 26 de março de 2012

Aika - Pangolim


Animais selvagens usados nas praticas etno-zoologicas entre os iorubas, e as implicações na conservação da biodiversidade.

Pangolim
Nome científico - Manis tricuspis
Nome iorubaAika



Este animal tem o corpo coberto de escamas.
Adota uma forma enrolada, semelhante à do ouriço-cacheiro, quando ameaçado.
Não possui dentes estando mais próximo dos carnívoros que os papa-formigas sul-americanos.
Dorme numa toca profunda durante o dia e se alimenta à noite, principalmente de cupins e formigas, que apanha com sua língua comprida e pegajosa.
É caçado e utilizado como especialidade gastronômica pelas populações das zonas onde habita.
É um animal sossegado.
As suas escamas são traficadas para serem utilizadas como afrodisíaco.
Os chineses e indianos chamam-no de peixe da floresta, pois sua aparência é muito estranha para um mamífero.
Existem 7 espécies desse estranho mamífero, 4 na África e 3 na Ásia, todas elas semelhantes em aparência e hábitos.
O pangolim- de- cauda- comprida é essencialmente arborícola e vive nas planícies do sul e leste da África.
O pangolim-de-cauda-curta, também chamado de pangolim-indiano, vive em pares na Índia e em Sri Lanka.
São os únicos representantes da família Manidae e ordem Pholidota. A ordem é muito antiga, com representantes fósseis datando do Eoceno na Europa (Eomanis, do Eoceno Médio alemão, em Messel), América do Norte (Patriomanis) e Ásia (Cryptomanis gobiensis, do Eoceno superior da Mongólia).
O Pangolim é um herói na cultura do povo Lega do Congo, por ser considerado aquele que ensinou os homens a cobrir os tetos de suas casas, devido à forma de suas escamas que se assemelham às camadas de telhas ou folhas.
Suas escamas ainda são utilizadas para o artesanato e acessórios de roupa.

Animais selvagens usados nas praticas etno-zoologicas entre os iorubas, e as implicações na conservação da biodiversidade.

Os animais selvagens e suas partes constituem os ingredientes essenciais na preparação de remédios na medicina tradicional.
Apesar de serem utilizados amplamente para tratar uma variedade de doenças, muitos desses produtos retirados da vida selvagem são usados nas cerimônias, práticas religiosas e nos fetiches.
De fato, a medicina baseada no uso de animais sempre desempenhou um papel importante nas práticas de cura, rituais mágicos e nas sociedades religiosas por toda parte.
Todas as civilizações com sistemas medicinais bem estruturados utilizaram animais como remédios.
Estima-se que dos 252 elementos químicos essenciais selecionados pela Organização Mundial de Saúde, 8.7% são de origem animal.
A África vangloria-se de possuir uma longa tradição no uso de plantas e animais para propósitos medicinais.
As curas tradicionais existem bem antes do advento da medicina ortodoxa mais moderna, e as pessoas dependeram amplamente dela como a única fonte de saúde e bem estar.
Ela continua sendo praticada hoje em dia na Nigéria e convive lado a lado com a medicina contemporânea, onde os tradicionais curandeiros atuam e continuam fazendo suas descobertas para curar as principais doenças nessa sociedade.
Essas descobertas fundamentam-se nos esforços consistentes dos curandeiros para erradicar as doenças perigosas que tem assolado a sociedade nos tempos recentes e que muitas vezes parecem incuráveis pela medicina ortodoxa.

Tem vários usos na medicina e feitiçaria ioruba:

Fertilidade feminina
Quaisquer partes do animal macho
Apaziguar as bruxas
Quaisquer partes do animal
Amuleto pra a prevenção de acidentes
Quaisquer partes do animal

Fonte:
Animais selvagens usados nas praticas etno-zoologicas entre os iorubas, e as implicações na conservação da biodiversidade.
Publicado no African Journal of Agricultural Research Vol. 3, pp. 421-427, Junho de 2008
Soewu, Durojaye A
Department of Plant Science and Applied Zoology, Faculty of Science Olabisi Onabanjo University, P. M. B 2002, Ago-Iwoye, Ogun-State, Nigeria.

Etnozoologia: Ramo da Zoologia que estuda o papel tradicional de certos animais na vida e folclore de determinada raça ou povo.