Seguidores

sábado, 31 de março de 2012

Alaafin e o divino


Cultura ioruba

O Babalawo (baba=pai + awo=oráculo) e o Orixá são atributos complementares da ordem divina. 
Eles tem que trabalhar em conjunto.
Cabe ao babalawo consultá-lo antes que qualquer ritual ou celebração sejam praticados.
Quando o chefe de algum templo devotado a Orixá está preparando sua celebração anual, consulta-se Ifa.
Quando o rei estiver preparando a festividade anual do reino, também.
Para saber qual orixá reside dentro de cada um de nós consulta-se Ifá.
Entre os iorubas o rei é encarado como representante dos Orixás e deve cultua-los.
A celebração de vários festejos para os Orixás é o sinal de um reinado bem sucedido.
O sacerdote supremo, chamado por vezes de Babalaô não precisa fazer parte do conselho real, mas pode ser solicitado pelo rei para aconselha-lo.
Ele comunica-se com os Orixás e por isso sua palavra tem grande valor.
Quando Orunmilá era o sacerdote supremo de Odudwua, ele escolhia dezesseis indivíduos entre os 16 reinos originais para tornarem-se babalaôs e conselheiros dos Alaafins.
Eram eles que aconselhavam os reis, independentemente do Orixá que ali dominava.
O Babalaô é aquele que assegura se o rei esta venerando o Orixá do lugar de forma correta.
Nas celebrações dos festejos é Ifá quem determina o que o rei terá que oferecer aos Orixás.
Assim também ocorre nas celebrações entre os Orixás.
Ifá é o intermediário entre os Orixás e os homens e entre os próprios Orixás.
Ifá não deve ser compreendido como alguém que ameaça nem compete, e não é necessariamente superior aos demais.
Ele é o indicado por Olodumaré como mensageiro para trazer a palavra de paz, harmonia e equilíbrio.
Cabe ao Babalaô fazer a distinção entre mito e história.