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quinta-feira, 22 de março de 2012

Esin – Cavalo


As metáforas animais iorubas

No período pré-literário dos iorubas, a caça e as atividades agropecuária eram as suas principais atividades, e mesmo atualmente uma grande porcentagem desse povo é caçador e fazendeiro.
Isso se deve em grande parte pela privilegiada localização de seu território situado na faixa que se estende entre a savana e a floresta.
O rico solo da floresta se presta para o cultivo agrícola, mas também é a moradia de variadas espécies de animais de grande e pequeno porte.
Muitos desses animais são caçados com armas ou armadilhas servindo como refeição e fonte de renda.
Mas também é comum caça-los para serem domados e domesticados.
Os animais dessa categoria incluem o as cabras, gatos, porcos, cães, tartarugas, macacos e cavalos, entre outros.
Como consequência desse contato próximo e observação apurada, os iorubas tem um profundo conhecimento desses animais.
Seus hábitos, forma e alimentação estão bem reconhecidos e apreciados na musica e poesia.
As características comportamentais desses bichos é bem conhecida e daí as metáforas que se formam referindo-se aos predicados homem/animal, referindo-se a hábitos e atitudes similares.
Por exemplo, o gato, ológbò, é apreciado pela amizade e curiosidade.
O carneiro, agutan, pela docilidade e por vezes pela estupidez.
O cavalo pela sua energia, e o cão aja, por ser um companheiro e seguidor sem crítica.
As atribuições físicas, e seus sons e hábitos característicos, também são observados como formas metafóricas alusivas a determinados comportamentos.
Esin, o cavalo, é comparado ao humano pelo:

+ vigor / força
+ realeza, higiene pessoal

Oriki

Olósunde n be nlé, àbâó ròde?
â¦omo ewà tièmi bi Irù esin
Tradução:
É ela, Olosunde quem está em casa? Ou saiu para uma visita?
Seu cabelo, dotado de beleza é tão abundante quanto o rabo de um cavalo.
Sentido:
O sujeito de Olosunde está sendo predicado para o oriki.
O rabo do cavalo, Iru Esin, que é frequentemente abundante para evocar a abundancia de sua beleza.

O Festival do Durbar

O festival de Durbar teve inicio cem anos antes que os Emirados do Norte (estados) utilizassem os cavalos para a guerra.
Naquela época, cada cidade, distrito ou família nobre deveria colaborar com seu regimento militar para a segurança do Emirado.
Uma ou duas vezes ao ano os lideres militares convidam vários regimentos para um Durbar (parada militar) em honra do Emir (rei) e seus oficiais.
Nessa parada os regimentos apresentavam sua habilidade na equitação, seu preparo militar e sua lealdade ao Emir.
Nos últimos anos essa festividade vem sendo chamada de carnaval de Abuja.
O Durbar começa com o desfile dos grupos que atravessam a grande praça com todo esplendor, aproximando-se do Emir.
Ao chegarem à sua frente param abruptamente para saúdá-lo com suas espada erguidas.
Os últimos cavaleiros são os da família e da guarda pessoal do Emir, os Drogari.
Depois das comemorações
O Emir e seus oficiais retiram-se para o palácio e a festa continua com musica, dança e bandas Fulani tocando o shadi.