Animais selvagens usados nas praticas etno-zoologicas entre
os iorubas, e as implicações na conservação da biodiversidade.
Nome ioruba - Igun
Nome Científico: Necrosyrtes monachus
Nome Vulgar: Abutre de Capuz
O abutre-de-capuz é uma ave do Velho Mundo da ordem dos
Acipitriformes, que também inclui as águias, gaviões, milhafres e falcões. É o
único membro do gênero Necrosyrtes.
Faz um ninho de gravetos em árvores, frequentemente
palmeiras, em grande parte da África subsaariana, pondo apenas um ovo.
Juntam-se em colónias flexíveis. A população é essencialmente residente.
Tal como os outros abutres, é necrófilo, alimentando-se
principalmente de carcaças de animais mortos e lixo, que localiza sobrevoando
as savanas e as vizinhanças das habitações humanas, incluindo lixeiras e
depósitos de restos de matadouros. Desloca-se frequentemente em bandos e é
muito abundante. Nas suas áreas de distribuição, é quase sempre possível ver
vários pairando no céu a qualquer hora do dia.
Este abutre não demonstra qualquer medo dos humanos,
concentrando-se com frequência em volta de locais habitados. É um abutre
típico, com a cabeça cor de rosa e sem penas, e um "capuz"
acinzentado. A plumagem do corpo é de cor castanha escura e homogénea. Possui
umas grandes asas adequadas para planar, e uma cauda curta. É uma espécie
pequena, comparada com a maioria dos abutres.
Quando são perturbados nos seus ninhos, emitem um grito agudo.
Animais selvagens usados nas praticas etno-zoologicas entre
os iorubas, e as implicações na conservação da biodiversidade.
Os animais selvagens e suas partes constituem os
ingredientes essenciais na preparação de remédios na medicina tradicional.
Apesar de serem utilizados amplamente para tratar uma
variedade de doenças, muitos desses produtos retirados da vida selvagem são
usados nas cerimônias, práticas religiosas e nos fetiches.
De fato, a medicina baseada no uso de animais sempre
desempenhou um papel importante nas práticas de cura, rituais mágicos e nas
sociedades religiosas por toda parte.
Todas as civilizações com sistemas medicinais bem
estruturados utilizaram animais como remédios.
Estima-se que dos 252 elementos químicos essenciais selecionados
pela Organização Mundial de Saúde, 8.7% são de origem animal.
A África vangloria-se de possuir uma longa tradição no uso
de plantas e animais para propósitos medicinais.
As curas tradicionais existem bem antes do advento da
medicina ortodoxa mais moderna, e as pessoas dependeram amplamente dela como a
única fonte de saúde e bem estar.
Ela continua sendo praticada hoje em dia na Nigéria e
convive lado a lado com a medicina contemporânea, onde os tradicionais
curandeiros atuam e continuam fazendo suas descobertas para curar as principais
doenças nessa sociedade.
Essas descobertas fundamentam-se nos esforços consistentes
dos curandeiros para erradicar as doenças perigosas que tem assolado a
sociedade nos tempos recentes e que muitas vezes parecem incuráveis pela
medicina ortodoxa.
Igun - Abutre de Capuz - Necrosyrtes monachus
Fratura dos ossos
Todas as artes dessa ave
Fertilidade feminina
Todas as artes dessa ave
Afrodisíacos / potência masculina
Todas as artes dessa ave
Prevenção de acidentes
Todas as artes dessa ave
Fonte:
Animais selvagens usados nas praticas etno-zoologicas entre
os iorubas, e as implicações na conservação da biodiversidade.
Publicado no African Journal of Agricultural Research Vol.
3, pp. 421-427, Junho de 2008
Soewu, Durojaye A
Department of Plant Science and Applied Zoology, Faculty of
Science Olabisi Onabanjo University, P. M. B 2002, Ago-Iwoye, Ogun-State, Nigeria.
Etnozoologia: Ramo da Zoologia que estuda o papel
tradicional de certos animais na vida e folclore de determinada raça ou povo.
Ganye Hessou- Rei de Abomé - (1600-1620)
O seu emblema é uma ave ao lado de um tambor.
O significado dessa imagem é:
Assim como não se pode impedir um pássaro cantar, não se
pode impedir um tambor de replicar.
Explicação: Não houve ninguém que impedisse o rei Ganyé
Hessou de aconselhar sobre o trono de seu irmão Dako.