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terça-feira, 27 de março de 2012

Kolokolo – Mangusto

Animais selvagens usados nas praticas etno-zoologicas entre os iorubas, e as implicações na conservação da biodiversidade. 


Mangusto
Nome científico - Herpestes sanguineus
Nome ioruba – Kolokolo

Mamífero carnívoro, viverrídeo, do gênero Herpestes que habita regiões quentes; tem cerca de 50cm de comprimento, focinho pontudo, e cauda longa e pesada.
O mangusto gosta de ficar nas margens dos rios, em lugares pedregosos e com muito arbusto.
Possui corpo alongado, focinho fino, cauda comprida e pontuda e pernas curtas.
Alimenta-se de cobras, inclusive venenosas, de roedores, e ger. pode ser domesticado.
O mangusto é um dos poucos animais que comem carne de serpente, que é o seu prato diário.
Apesar de apreciar muito a carne de serpentes, ele também come frutos, e alimenta-se também de outros animais.
Quando caça, ele muitas vezes finge estar morto, e pula sobre qualquer animal curioso que se aproxime.
A perseguição contra a serpente inicia com uma batalha feroz, e o mangusto raramente perde.
Sua grande agilidade permite que ele quase sempre vença a cobra.
Por essa razão, foi introduzido na Jamaica, para ajudar a acabar com as cobras que infestavam a ilha.
É facilmente domesticável e afeiçoa-se ao dono e montando guarda durante a noite.
Há várias espécies de mangustos, entre elas o egípcio e o anão.
Quase todas as espécies vivem nas regiões tropicais da Ásia e da África.
O mangusto egípcio também é encontrado no norte da África e no sul da Espanha e Portugal.

Animais selvagens usados nas praticas etno-zoologicas entre os iorubas, e as implicações na conservação da biodiversidade.

Os animais selvagens e suas partes, constituem os ingredientes essenciais na preparação de remédios na medicina tradicional.
Apesar de serem utilizados amplamente para tratar uma variedade de doenças, muitos desses produtos retirados da vida selvagem são usados nas cerimônias, práticas religiosas e nos fetiches.
De fato, a medicina baseada no uso de animais sempre desempenhou um papel importante nas práticas de cura, rituais mágicos e nas sociedades religiosas por toda parte.
Todas as civilizações com sistemas medicinais bem estruturados utilizaram animais como remédios.
Estima-se que dos 252 elementos químicos essenciais selecionados pela Organização Mundial de Saúde, 8.7% são de origem animal.
A África vangloria-se de possuir uma longa tradição no uso de plantas e animais para propósitos medicinais.
As curas tradicionais existem bem antes do advento da medicina ortodoxa mais moderna, e as pessoas dependeram amplamente dela como a única fonte de saúde e bem estar.
Ela continua sendo praticada hoje em dia na Nigéria e convive lado a lado com a medicina contemporânea, onde os tradicionais curandeiros atuam e continuam fazendo suas descobertas para curar as principais doenças nessa sociedade.
Essas descobertas fundamentam-se nos esforços consistentes dos curandeiros para erradicar as doenças perigosas que tem assolado a sociedade nos tempos recentes e que muitas vezes parecem incuráveis pela medicina ortodoxa.

Possui vários usos na medicina e feitiçaria ioruba:

Reumatismo
Membros frontais e posteriores desse animal
Amuleto para conseguir um companheiro
Cabeça do animal

Fonte:
Animais selvagens usados nas praticas etno-zoologicas entre os iorubas, e as implicações na conservação da biodiversidade.
Publicado no African Journal of Agricultural Research Vol. 3, pp. 421-427, Junho de 2008
Soewu, Durojaye A
Department of Plant Science and Applied Zoology, Faculty of Science Olabisi Onabanjo University, P. M. B 2002, Ago-Iwoye, Ogun-State, Nigeria.

Etnozoologia: Ramo da Zoologia que estuda o papel tradicional de certos animais na vida e folclore de determinada raça ou povo.