Mangusto
Nome científico - Herpestes sanguineus
Nome ioruba – Kolokolo
Mamífero carnívoro, viverrídeo, do gênero Herpestes que
habita regiões quentes; tem cerca de 50cm de comprimento, focinho pontudo, e
cauda longa e pesada.
O mangusto gosta de ficar nas margens dos rios, em lugares
pedregosos e com muito arbusto.
Possui corpo alongado, focinho fino, cauda comprida e
pontuda e pernas curtas.
Alimenta-se de cobras, inclusive venenosas, de roedores, e
ger. pode ser domesticado.
O mangusto é um dos poucos animais que comem carne de
serpente, que é o seu prato diário.
Apesar de apreciar muito a carne de serpentes, ele também
come frutos, e alimenta-se também de outros animais.
Quando caça, ele muitas vezes finge estar morto, e pula
sobre qualquer animal curioso que se aproxime.
A perseguição contra a serpente inicia com uma batalha
feroz, e o mangusto raramente perde.
Sua grande agilidade permite que ele quase sempre vença a
cobra.
Por essa razão, foi introduzido na Jamaica, para ajudar a
acabar com as cobras que infestavam a ilha.
É facilmente domesticável e afeiçoa-se ao dono e montando
guarda durante a noite.
Há várias espécies de mangustos, entre elas o egípcio e o
anão.
Quase todas as espécies vivem nas regiões tropicais da Ásia
e da África.
O mangusto egípcio também é encontrado no norte da África e
no sul da Espanha e Portugal.
Animais selvagens usados nas praticas etno-zoologicas entre
os iorubas, e as implicações na conservação da biodiversidade.
Os animais selvagens e suas partes, constituem os
ingredientes essenciais na preparação de remédios na medicina tradicional.
Apesar de serem utilizados amplamente para tratar uma
variedade de doenças, muitos desses produtos retirados da vida selvagem são usados
nas cerimônias, práticas religiosas e nos fetiches.
De fato, a medicina baseada no uso de animais sempre
desempenhou um papel importante nas práticas de cura, rituais mágicos e nas
sociedades religiosas por toda parte.
Todas as civilizações com sistemas medicinais bem
estruturados utilizaram animais como remédios.
Estima-se que dos 252 elementos químicos essenciais
selecionados pela Organização Mundial de Saúde, 8.7% são de origem animal.
A África vangloria-se de possuir uma longa tradição no uso de
plantas e animais para propósitos medicinais.
As curas tradicionais existem bem antes do advento da
medicina ortodoxa mais moderna, e as pessoas dependeram amplamente dela como a
única fonte de saúde e bem estar.
Ela continua sendo praticada hoje em dia na Nigéria e
convive lado a lado com a medicina contemporânea, onde os tradicionais
curandeiros atuam e continuam fazendo suas descobertas para curar as principais
doenças nessa sociedade.
Essas descobertas fundamentam-se nos esforços consistentes
dos curandeiros para erradicar as doenças perigosas que tem assolado a
sociedade nos tempos recentes e que muitas vezes parecem incuráveis pela
medicina ortodoxa.
Possui vários usos na medicina e feitiçaria ioruba:
Reumatismo
Membros frontais e posteriores desse animal
Amuleto para conseguir um companheiro
Cabeça do animal
Fonte:
Animais selvagens usados nas praticas etno-zoologicas entre
os iorubas, e as implicações na conservação da biodiversidade.
Publicado no African Journal of Agricultural Research Vol.
3, pp. 421-427, Junho de 2008
Soewu, Durojaye A
Department of Plant Science and Applied Zoology, Faculty of
Science Olabisi Onabanjo University, P. M. B 2002, Ago-Iwoye, Ogun-State,
Nigeria.
Etnozoologia: Ramo da Zoologia que estuda o papel
tradicional de certos animais na vida e folclore de determinada raça ou povo.