Os panos enrolados no corpo são trajes amplamente empregados
na África Negra.
São usados tanto em ocasiões formais como informais.
Esses trajes são variados, desde os drapeados mais simples
aos conjuntos completos.
Os comprimentos também variam, tanto curtos quanto longos.
A parte inferior de um traje africano é um tecido que
envolve a cintura e as coxas.
A maioria das africanas usa pano enrolado, enfiando as
bordas para dentro, sem o emprego de cordões para amarrar.
Conhecidos como Sári na Índia, Sarong em Java e Haik em
árabe, sua função também é a de manter o corpo fresco e seco e sustentar os
seios.
São necessários de 6 a 8 metros de comprimento de um tecido
com 1, 20 metros de largura para produzir um traje desses.
A largura do pano é calculada em função de cobrir desde os
seios até os joelhos.
Se o pano for muito longo serão usadas mais pregas na
composição do traje, formando um drapeado.
Panos tecidos à mão
As mulheres iorubas produzem tecidos largos que os
convencionais.
Elas usam teares mais largos que os homens e fazem tecidos
mais curtos.
As faixas de tecidos são costuradas no comprimento para
formar panos mais largos.
O modo de usar esses panos depende do numero de faixas de
tecido empregadas.
Uma única faixa pode ser usada como um Ojá, para carregar os
bebes nas costas, um Gele (guelê) turbante, Iborun (xale), Osuka (rodilha para
sustentar peso sobre a cabeça) e toalhas.
Duas ou mais faixas servem para enrolar no corpo formando
esses belos trajes cerimoniais.
Também se usam como agasalho e proteção contra mosquitos.
No passado essas faixas mais largas eram usadas sem nenhum
corte, da maneira como saiam dos teares, normalmente costuradas entre si para
formar um pano mais largo.
Ha quatro funções para o emprego desses tecidos como trajes.
O pano simples para o uso cotidiano.
O cerimonial com padrões tradicionais, para casamentos e uso
protocolar, usados por reis e chefes de estado.
Aso Oke para ocasiões cerimoniosas.
E rituais para propósitos religiosos tais como sacrifícios
de animais.