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domingo, 18 de março de 2012

Pọpù - a cor roxa para os iorubas


Àwọn àwọ - A paleta de cores Ioruba

O termo púrpura atribui-se a um leque de tons entre o vermelho e o azul. Obtém-se misturando as cores primárias; vermelho e azul. Não há consenso em relação aos tons que podem ser considerados púrpura, preferindo algumas pessoas referirem-se a magenta ou heliotrópio. Uma diferença de sensibilidade ao vermelho e ao azul no nível da retina, que varia de indivíduo para indivíduo, pode causar também discórdia.
Púrpura é por vezes confundida com a cor espectral mais facilmente definível; violeta.
Em teoria da cor, uma púrpura é definida como qualquer cor não espectral entre violeta e vermelho.
Na pintura, púrpura, é a cor entre magenta e violeta com todas as seus matizes e tons.
Popù é a maneira dos iorubas chamarem a cor roxa, púrpura.
É derivada de purple em inglês, tendo sido africanizada devido à falta de uma palavra específica para nomear essa cor.
É o que se chama de pidgin, língua de contato.
Nome dado a qualquer língua que é criada, normalmente de forma espontânea, de uma mistura de outras línguas, e serve de meio de comunicação entre os falantes de idiomas diferentes.
O conceito é originário da Europa entre os comerciantes e negociantes do Mediterrâneo na Idade Média, que usavam a Língua franca ou Sabir. Um pidgin bem conhecido é o de Beach-la-Mar dos Mares do Sul, baseado em inglês, mas incorporou palavras malaias, chinesas e portuguesas. Outro exemplo nos dias de hoje, é o "Pequeno Português" de Angola, que é a forma de comunicação entre etnias que falam línguas diferentes.
A criação de um pidgin requer normalmente:
Contato regular e prolongado com comunidades linguísticas diferentes;
A necessidade de comunicação;
A ausência de uma língua franca espalhada e/ou acessível.
A palavra é derivada da pronúncia chinesa para a palavra inglesa Business (negócio). Pidgin English, ou "inglês pidgin", era o nome dado ao pidgin feito da mistura entre o chinês, o inglês e o português utilizada para o comércio em Cantão durante os séculos XVIII e XIX. Alguns académicos questionam esta derivação da palavra pidgin, e sugerem etimologias alternativas; porém nenhuma obteve até agora apoio entre outros académicos.

Historia

Por séculos, a cor púrpura, era obtida através de algumas espécies de molusco nativos do Mar Mediterrâneo, o que causou extinção de algumas delas. Pela dificuldade na sua obtenção e seu alto preço, a púrpura, um dos mais importantes e mais caros pigmentos naturais da Antiguidade era preparado com tintas de vários moluscos â incluindo murex brandaris e púrpura haemostoma encontrados na costa do Mediterrâneo e do Atlântico e nas Ilhas Britânicas.
Quantidades enormes destes moluscos eram usados para tingir tecidos e ainda são encontradas pilhas das cascas dos moluscos em alguns sítios históricos na costa grega.
A secreção do molusco está contida dentro de uma pequena veia ou cisto que, quando quebrada ou partida pela mão, segrega um fluído branco. Os tecidos eram banhados neste fluído branco e postos a secar ao sol que "revela" a tintura púrpura brilhante.
O Imperador Bizantino Justiniano I ornado de púrpura de Tiro, representado num mosaico do Século VI na Basílica de San Vitale.
Os diferentes tons dependem do tipo de molusco e o tipo de extração do fluído branco. Segundo Plínio, o melhor pigmento era extraído em Tiro, no Mediterrâneo oriental, e era a cor utilizada nas vestes reais romanas, cor que até os dias hoje simboliza realeza.
A púrpura foi sem dúvida o corante de maior renome e mais caro de todos os corantes antigos. Era um símbolo de riqueza e distinção. Na Roma antiga só o imperador tinha o direito de usá-la.
O imperador Nero chegou a punir com a morte o seu uso. O corante era produzido a partir de espécies de um molusco do género Murex. Cada espécie do molusco dava a sua variedade de púrpura.
Já os fenícios obtinham o pigmento púrpura de algumas espécies de moluscos gastrópodes do género Múrex, uma das espécies que se comem em Espanha com o nome «cañadilla» ou «cañaílla».
Em Tiro, a púrpura mais apreciada era extraída da espécie Murex brandaris. Na cidade de Sídon a espécie Murex trunculus era fonte de uma púrpura cor de ametista.
O pigmento está presente numa secreção mucosa produzida pela glândula hipocondrial situada junto do tracto respiratório. Esta secreção é incolor enquanto fresca mudando de cor quando exposta ao sol, passando pelo amarelo, em seguida pelo verde e só depois surgindo a cor púrpura característica.
O método geral de produção do corante consistia em esmagar os moluscos inteiros, ou abri-los e retirar a glândula, em seguida salgar essa massa durante três dias e finalmente ferver o conjunto em água durante dez dias.
O resultado era uma solução clara, concentrada, do corante. Restos da carne do molusco eram separados por decantação. O tecido era mergulhado na solução do corante e em seguida posto ao sol para que a cor aparecesse.