Àwọn àwọ - A paleta de cores Ioruba
O termo púrpura atribui-se a um leque de tons entre o
vermelho e o azul. Obtém-se misturando as cores primárias; vermelho e azul. Não
há consenso em relação aos tons que podem ser considerados púrpura, preferindo
algumas pessoas referirem-se a magenta ou heliotrópio. Uma diferença de
sensibilidade ao vermelho e ao azul no nível da retina, que varia de indivíduo
para indivíduo, pode causar também discórdia.
Púrpura é por vezes confundida com a cor espectral mais
facilmente definível; violeta.
Em teoria da cor, uma púrpura é definida como qualquer cor não
espectral entre violeta e vermelho.
Na pintura, púrpura, é a cor entre magenta e violeta com
todas as seus matizes e tons.
Popù é a maneira dos iorubas chamarem a cor roxa, púrpura.
É derivada de purple em inglês, tendo sido africanizada
devido à falta de uma palavra específica para nomear essa cor.
É o que se chama de pidgin, língua de contato.
Nome dado a qualquer língua que é criada, normalmente de
forma espontânea, de uma mistura de outras línguas, e serve de meio de
comunicação entre os falantes de idiomas diferentes.
O conceito é originário da Europa entre os comerciantes e
negociantes do Mediterrâneo na Idade Média, que usavam a Língua franca ou
Sabir. Um pidgin bem conhecido é o de Beach-la-Mar dos Mares do Sul, baseado em
inglês, mas incorporou palavras malaias, chinesas e portuguesas. Outro exemplo
nos dias de hoje, é o "Pequeno Português" de Angola, que é a forma de
comunicação entre etnias que falam línguas diferentes.
A criação de um pidgin requer normalmente:
Contato regular e prolongado com comunidades linguísticas
diferentes;
A necessidade de comunicação;
A ausência de uma língua franca espalhada e/ou acessível.
A palavra é derivada da pronúncia chinesa para a palavra
inglesa Business (negócio). Pidgin English, ou "inglês pidgin", era o
nome dado ao pidgin feito da mistura entre o chinês, o inglês e o português
utilizada para o comércio em Cantão durante os séculos XVIII e XIX. Alguns
académicos questionam esta derivação da palavra pidgin, e sugerem etimologias
alternativas; porém nenhuma obteve até agora apoio entre outros académicos.
Historia
Por séculos, a cor púrpura, era obtida através de algumas
espécies de molusco nativos do Mar Mediterrâneo, o que causou extinção de
algumas delas. Pela dificuldade na sua obtenção e seu alto preço, a púrpura, um
dos mais importantes e mais caros pigmentos naturais da Antiguidade era
preparado com tintas de vários moluscos â incluindo murex brandaris e púrpura
haemostoma encontrados na costa do Mediterrâneo e do Atlântico e nas Ilhas
Britânicas.
Quantidades enormes destes moluscos eram usados para tingir
tecidos e ainda são encontradas pilhas das cascas dos moluscos em alguns sítios
históricos na costa grega.
A secreção do molusco está contida dentro de uma pequena
veia ou cisto que, quando quebrada ou partida pela mão, segrega um fluído
branco. Os tecidos eram banhados neste fluído branco e postos a secar ao sol
que "revela" a tintura púrpura brilhante.
O Imperador Bizantino Justiniano I ornado de púrpura de
Tiro, representado num mosaico do Século VI na Basílica de San Vitale.
Os diferentes tons dependem do tipo de molusco e o tipo de extração
do fluído branco. Segundo Plínio, o melhor pigmento era extraído em Tiro, no
Mediterrâneo oriental, e era a cor utilizada nas vestes reais romanas, cor que
até os dias hoje simboliza realeza.
A púrpura foi sem dúvida o corante de maior renome e mais
caro de todos os corantes antigos. Era um símbolo de riqueza e distinção. Na
Roma antiga só o imperador tinha o direito de usá-la.
O imperador Nero chegou a punir com a morte o seu uso. O
corante era produzido a partir de espécies de um molusco do género Murex. Cada
espécie do molusco dava a sua variedade de púrpura.
Já os fenícios obtinham o pigmento púrpura de algumas
espécies de moluscos gastrópodes do género Múrex, uma das espécies que se comem
em Espanha com o nome «cañadilla» ou «cañaílla».
Em Tiro, a púrpura mais apreciada era extraída da espécie
Murex brandaris. Na cidade de Sídon a espécie Murex trunculus era fonte de uma
púrpura cor de ametista.
O pigmento está presente numa secreção mucosa produzida pela
glândula hipocondrial situada junto do tracto respiratório. Esta secreção é
incolor enquanto fresca mudando de cor quando exposta ao sol, passando pelo
amarelo, em seguida pelo verde e só depois surgindo a cor púrpura
característica.
O método geral de produção do corante consistia em esmagar
os moluscos inteiros, ou abri-los e retirar a glândula, em seguida salgar essa
massa durante três dias e finalmente ferver o conjunto em água durante dez
dias.
O resultado era uma solução clara, concentrada, do corante.
Restos da carne do molusco eram separados por decantação. O tecido era
mergulhado na solução do corante e em seguida posto ao sol para que a cor
aparecesse.