Àwọn àwọ - A paleta de cores Ioruba
Marrom (português brasileiro) ou castanho (português
europeu) é a cor das castanhas, de alguma terra e dos olhos da maioria das
pessoas.
Castanho é também o nome usado para designar a madeira do
castanheiro.
Castanho como cor dos olhos
A grande maioria da população mundial tem olhos escuros,
variando desde castanhos até pretos. Olhos castanhos claros estão presentes em
muitas pessoas, mas numa menor extensão. A maior parte dos habitantes da
África, Ásia, e das Américas têm olhos castanhos. Olhos castanhos também são
encontrados na Europa, Oceania e América do Norte, apesar de que nos povos
europeus, eles não sejam tão predominantes. Olhos castanhos sempre foram
considerados dominantes entre os genes, mas estudos recentes mostram que nem
sempre isso é verdade.
Búráùn é a maneira dos iorubas chamarem a cor marrom.
É derivada de Brown em inglês, tendo sido africanizada
devido à falta de uma palavra específica para nomear essa cor.
É o que se chama de pidgin, língua de contato.
Nome dado a qualquer língua que é criada, normalmente de
forma espontânea, de uma mistura de outras línguas, e serve de meio de
comunicação entre os falantes de idiomas diferentes.
O conceito é originário da Europa entre os comerciantes e
negociantes do Mediterrâneo na Idade Média, que usavam a Língua franca ou
Sabir. Um pidgin bem conhecido é o de Beach-la-Mar dos Mares do Sul, baseado em
inglês, mas incorporou palavras malaias, chinesas e portuguesas. Outro exemplo
nos dias de hoje, é o "Pequeno Português" de Angola, que é a forma de
comunicação entre etnias que falam línguas diferentes.
A criação de um pidgin requer normalmente:
Contato regular e prolongado com comunidades linguísticas
diferentes;
A necessidade de comunicação;
A ausência de uma língua franca espalhada e/ou acessível.
A palavra é derivada da pronúncia chinesa para a palavra
inglesa Business (negócio). Pidgin English, ou "inglês pidgin", era o
nome dado ao pidgin feito da mistura entre o chinês, o inglês e o português
utilizada para o comércio em Cantão durante os séculos XVIII e XIX. Alguns
académicos questionam esta derivação da palavra pidgin, e sugerem etimologias
alternativas; porém nenhuma obteve até agora apoio entre outros académicos.
As Cores de Terra
As Cores de terra são o amarelo ocre, amarelo de Nápoles,
sena natural, sena queimada, sombra natural e sombra queimada.
Embora não tenha incluído na paleta básica, existe ainda o
vermelho de Veneza, cujo pigmento característico aparece em tintas com vários
outros nomes (vermelho indiano, terra rosa,
vermelho inglês, vermelho Marte etc.).
Há ainda o terra verde.
Como o nome cores de terra indica, eram pigmentos obtidos a
partir de fontes naturais.
Já vimos que, atualmente, há poucos fabricantes que ainda
recorrem a estas fontes.
A sua sintetização pela indústria química é mais prática e
sai mais em conta economicamente.
Isto tudo sem falar no controle de qualidade, pois não há
problemas de mudanças de tonalidade devido a impurezas entre uma fonte e outra.
Entretanto, não são todos os que são sintetizados.
Os mais importantes são o amarelo ocre e o vermelho de
Veneza.
Este último às vezes comercializado como sena queimada, para
desespero dos experientes pintores que o acham, e com razão, muito vermelho.
Infelizmente, parece não ser do conhecimento de muitos
artistas que esses dois pigmentos, que são opacos, aparecem, também, em versões
transparentes e com outra tonalidade.
Estes são geralmente comercializados com seus nomes
característicos, ou seja, amarelo e vermelho óxidos transparentes.
Sendo que este último se parece muito com o antigo sena
queimada.
As demais cores de terra são obtidas a partir dessas por
mistura entre si ou com outros pigmentos.
Acho importante dizer outra vez que o vermelho óxido
transparente substitui o antigo sena queimada.
Já o amarelo óxido transparente, além de ter características
próprias muito interessantes, é base para imitação de várias outras cores,
inclusive o antigo sena natural.