Arte Têxtil Africana
As etnias Kuba do Congo tecem diversas
peças em ráfia, autênticas obras de arte.
São pequenos tapetes, pequenos panos
(Shoowa, as verdadeiras joias).
A base é tecida por homens, e os
desenhos são criados pelas mulheres e crianças.
O pelo é aparado dando uma aparência de
veludo.
O resultado final é de grande riqueza e
simplicidade.
Os padrões são baseados em símbolos
tribais e dispostos numa geometria assimétrica.
Estes panos são uma descoberta
relativamente recente no mundo ocidental.
Atualmente muito utilizados como peças
decorativas, outrora foram peças de roupa e moeda de troca.
É através deles que as mulheres
mostravam a sua destreza para os trabalhos domésticos.
Os desenhos têm passado de geração em geração,
resistindo ao tempo e às influências externas.
Esses tecidos aveludados cuja sua
originalidade é indiscutível faz dos Kuba verdadeiras obras de arte, peças de
museu.
O reino Kuba, formado no sec. XVII é
composto por 18 tribos diferentes; dentro elas os Bushong são os mais poderosos
e significativos.
O primeiro contato com esse povo foi em
1611, quando os portugueses compraram 50 000 peças a norte de Angola para
vestirem os escravos enviados para a América.
Os tecidos originais são difíceis de
serem encontrados na Europa, e quando aparecem atingem preços elevados.
No interior do Congo ainda podem ser
vistas algumas dessas peças antigas.