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sexta-feira, 16 de março de 2012

Tecido de rafia Kuba Shoowa, Congo


Arte Têxtil Africana


As etnias Kuba do Congo tecem diversas peças em ráfia, autênticas obras de arte.
São pequenos tapetes, pequenos panos (Shoowa, as verdadeiras joias).
A base é tecida por homens, e os desenhos são criados pelas mulheres e crianças.
O pelo é aparado dando uma aparência de veludo.
O resultado final é de grande riqueza e simplicidade.
Os padrões são baseados em símbolos tribais e dispostos numa geometria assimétrica.
Estes panos são uma descoberta relativamente recente no mundo ocidental.
Atualmente muito utilizados como peças decorativas, outrora foram peças de roupa e moeda de troca.
É através deles que as mulheres mostravam a sua destreza para os trabalhos domésticos.
Os desenhos têm passado de geração em geração, resistindo ao tempo e às influências externas.
Esses tecidos aveludados cuja sua originalidade é indiscutível faz dos Kuba verdadeiras obras de arte, peças de museu.
O reino Kuba, formado no sec. XVII é composto por 18 tribos diferentes; dentro elas os Bushong são os mais poderosos e significativos.
O primeiro contato com esse povo foi em 1611, quando os portugueses compraram 50 000 peças a norte de Angola para vestirem os escravos enviados para a América.
Os tecidos originais são difíceis de serem encontrados na Europa, e quando aparecem atingem preços elevados.
No interior do Congo ainda podem ser vistas algumas dessas peças antigas.