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quinta-feira, 8 de março de 2012

Vestimenta das mulheres Herrero – Namíbia


Indumentária africana


A cultura é importante para qualquer nação, e na Namíbia, observamos uma mistura de culturas, a cultura nativa tradicional misturada com a do colonizador. 
Isso pode ser observada na roupa que as mulheres usam.
As mulheres diferenciam-se pela maneira de vestir de acordo com as diferentes regiões da Namíbia.
As mulheres Herrera usam roupas de época com joias tradicionais no estilo vitoriano que remontam ao passado colonial alemão, por causa da influência dos missionários nessa área. 
Elas vestem um traje longo com um curioso chapéu tricorne, imitando os vestidos das esposas dos missionários alemães do século XIX.  
Costumam acentuar as diferenças sociais sinalizando a partir da maneira como usam os seus penteados.  Um determinado penteado pode informar a idade e o status social de uma mulher na sociedade.


Os Herreros 


As etnias Herrero e Himba vivem do pastoreio ha milhares de anos.
São nômades e seus assentamentos estão atualmente na região de Okahandja.
A aldeia Herrero fica em Ojitoto, cobrindo uma vasta região, porém com poucas casas.
Muitas Namas, Damaras e Herreros, da Namíbia, se identificam como cristãos devido à catequese religiosa que sofreram na década de 1840. 
Esses trajes que parecem roupas de missa podem estar associadas a esse passado.
A igreja luterana continua influenciando esses povos.


Namíbia


A Namíbia é uma das mais jovens nações da África, embora a ocupação humana desta região remonte à Idade da Pedra. 
O navegador português Diego Cão foi o primeiro europeu a pisar nem solo namibiano, em 1486. 
A ele seguiram-se os ingleses e depois os alemães, os quais gradativamente assumiram o controle total do território através de uma série de "acordos de proteção" realizados a partir de 1884 com diversas tribos. 
Em 1893 os Witbooi Nama se recusaram a assinar um "acordo de proteção" e foram atacados pelas forças alemãs. 
A partir daí uma série de tribos se rebelaram contra a ocupação germânica, sendo igual e brutalmente reprimidas. 
O maior levante foi o dos Herrero que, ao serem derrotados, foram obrigados por decreto a abandonar o território, caso contrário seriam executados. 
Dezenas de milhares foram forçados a fugir para as áridas regiões a leste da Namíbia e lá morreram de fome e sede. 
A repressão dos grupos étnicos locais pela Alemanha custou a vida de metade da população do território. 
Após a Primeira Guerra, a Alemanha perdeu a Namíbia para a África do Sul, que em 1920 obteve da Liga das Nações um mandato sobre o território. 
Com o fim da Liga das Nações, a África do Sul foi paulatinamente ampliando seu controle sobre a Namíbia, inclusive estendendo a esse país o regime de apartheid, sem o consentimento da ONU e sob os protestos da mesma e de várias nações da África. 
Em 1971 a Corte Internacional de Justiça decidiu que a presença sul-africana na Namíbia era ilegal. 
Tal decisão foi igualmente ignorada pela África do Sul e a SWAPO, organização nacionalista negra liderada por Sam Nujoma, iniciou a guerrilha contra a ocupação sul-africana. 
Somente em 1988 a África do Sul concordou em deixar a Namíbia. 
Em 1990, finalmente e pela primeira vez, a Namíbia era reconhecida como uma nação independente. 


Geografia


São 824.269 km2 de território dividido entre enormes desertos e savanas, montanhas escarpadas, planaltos, algumas florestas e uma imensa costa. 
É um país de amplos horizontes e grandes espaços abertos, onde a claustrofobia da vida moderna é praticamente desconhecida. 


Clima


O clima é quente e seco no interior e fresco no litoral. A estação seca vai de maio a setembro com temperaturas entre 20 e 25° C durante o dia e noites frias. 
A estação chuvosa, mais quente, vai de outubro a abril, com temperaturas entre 30 e 40°C e temporais nos meses de janeiro a abril. 
Ainda assim, o total anual de chuvas é pequeno, o que associado a uma alta taxa de evaporação faz da Namíbia um país árido em sua maior parte. 
O deserto de Namib, por exemplo, é um dos mais secos do mundo. 


Ecologia


A fauna e a flora são bastante diversificadas, apesar de a vida selvagem ter sido drasticamente reduzida neste século. 
Felizmente, hoje a Namíbia é um dos países africanos com mais áreas de proteção ambiental, que juntas ocupam 12% de seu território. 
O comprometimento da Namíbia com a conservação do meio-ambiente está previsto pela sua própria constituição, a única no mundo que possui um artigo desta natureza. 


Governo


Windhoek, a capital, está localizada na parte central do país. 
O sistema político é a democracia. 
Como a Namíbia tem gozado de estabilidade política desde a sua independência, é tida como um exemplo de que é possível a existência de governos democráticos no continente africano. 


<b>Economia</b>


A economia da Namíbia é fortemente baseada na extração e processamento de minerais para exportação. 
Possui uma das rendas per-capita mais altas da África, mas por outro lado a concentração de riquezas é brutal: 5% da população detêm 70% da renda, e 25% detêm 57% das terras. 


População


A população é pequena, com cerca de 1,5 milhões de habitantes concentrados em sua maior parte nas regiões norte e costeira. 86% são negros, 7.4% são mestiços e 6.6% são brancos. 50% da população pertence à tribo Ovambo. 
Outros grupos étnicos são os Herero, os Damara, os Nama, os Caprivian, os Bosquímanos, os Baster e os Tswana. 80% a 90% são Cristãos, dos quais 50% são Luteranos. 
As religiões nativas estão restritas a apenas 10 a 20% de seguidores. 


Idioma


A língua oficial da Namíbia é o inglês, mas a mais falada é o Afrikaans. 
O alemão e alguns dialetos tribais também são ouvidos dentro de suas fronteiras.