Tradição do povo Edo
O ciclo das festas termina do mesmo modo que inicia, com o
rito da agricultura, com algumas diferenças. Desde o começo dos festejos do
inhame novo, Ague, até a sua conclusão, proíbe-se o consumo ou oferenda de
inhames recém-colhidos.
O ritual do Ague é realizado num ambiente de extrema
privacidade e segredo, dentro de um recinto especial do palácio onde apenas o
Oba e poucos membros da sociedade Ogbelaka podem saber o que se passa ali
dentro.
Ague Osa
O festejo de Ague Osa (Ague do Deus Supremo) foi introduzido
pelo Oba Eresonyen como uma ramificação do Ague original. Esse ritual reverencia
o progenitor da linhagem real, Odudua, pai de Oranmiyan.
Os participantes são os chefes que ostentam o título de Osa
além de um casal divinizado no culto de Osun que os Edos acreditam terem vindo
de Ifé junto com Oranmiyan.
A dança de Odudua é realizada por sete dançarinos usando
mascaras além de escudos de latão e espadas cerimoniais. Eles dançam para
frente e para trás diante do Oba por sete vezes, como sinal de lealdade e
compromisso com a proteção do rei.
O Ague completa o ciclo de festividades anuais. Tudo o que
foi colhido durante o ano será consumido, as forças do mal extirpadas e o Oba
fortalecido ritualmente para o ano que inicia. "Tudo está tranquilo” como
dizem os Edo.
Conclusão
Nos anos recentes o ciclo anual de festejos tem sido
encurtado, a criação de objetos e roupas para essas cerimonias, diminuída assim
como para as outras atividades religiosas e de prestigio. Todavia isso não
extingue a criação artística desse povo. Isso tem sido registrado através dos
séculos diante de todos os tipos de mudanças, sejam politicas, econômicas,
sociais ou religiosas. Hoje em dia as tradições como as figuras de barro e o mobiliário
dos altares continuam sendo feitos, sem falar das novas formas que surgem a
partir das bases tradicionais e que acabam por tornar-se parte integrante da
moderna cultura do Benim.