Tradição do povo Fon
Para muitos, Daagbo Hunon é o sacerdote mais importante de
toda a religião dos vodus.
A tradição de eleger um Daagbo Hounon, remonta ao Século
XIV.
Atualmente o posto de Hounon é ocupado por uma mulher, pela
primeira vez, a Nagbo Hounon Houtinme Gbeffa.
O falecido Hounon foi Agbessi Houna, falecido em 2005.
Agbessi Houna
Ninguém se orgulhava mais de ser chamado " o Supremo
Chefe do Alto Conselho da Religião do Vodun do Benin" do que Daagbo Hounon
Houna, numa cidade cuja população nessa ocasião (2004), estava na faixa dos
vinte milhões, como Uidá.
E cuja importância podia ser avaliada pela pelos
cumprimentos que recebia de seus fieis que se prostravam diante de seus pés e
beijavam suas mãos.
Ao explicar esse titulo, o Hounon Huna, um homem corpulento
e vestido com roupas coloridas e usando um chapéu de palha, disse a um dos
entrevistadores que visitaram o seu templo em Uidá, que na diáspora africana
das Américas e do Caribe ele é conhecido como o papa do Vodu.
Na intimidade do seu tranquilo santuário, onde as paredes de
taipa são pintadas com as imagens de seus predecessores, até o ano de 1452, ele
sorriu ao exibir o certificado que recebeu da cidade de New Orleans, durante
sua visita.
Nos últimos anos ele já havia visitado a Bahia e Cuba.
Através das viagens que sua posição propiciou, Houna Hounon,
um aposentado da construção civil, teve como meta corrigir as imagens
distorcidas de sua religião, o Vodun, que assim como algumas outras, tem sido
alvo de desprezo.
"Quando os primeiros europeus
chegaram à África começaram a chamar-nos de fetichistas", disse Hounon,
falando em sua língua nativa, o Fon, através de um tradutor. “Esse foi um entre
muitos esforços que os brancos fizeram para introduzir suas crenças e destruir
nossa cultura".
A explicação que ele dava para sua religião não era simples.
Ha um Deus, Mawu, disse ele, mas inúmeros nomes para suas manifestações, como
Gu, Legba, Damballa e Hevioso, todas conhecidas na arte e religião do Haiti.
O que ele pretendia esclarecer era principalmente que o
Vodun em seus infinitos mistérios, nada tem a ver com a percepção que o mundo
ocidental possui dessa religião, espetando bonecas para perseguir inimigos.
"Ha mulheres que não podem ter filhos, homens que não
encontram trabalho, e idosos que não encontram paz. O vodun devolve a
esperança. Protege nossa terra e traz a brisa fresca”.
O "Vaticano" de Daagbo Hounan Houna é a central do
Vodu de toda a região, acenando com sua bandeira branca. Para chegar lá,
percorre-se um pequeno trajeto que liga as estreitas ruas da cidade ao prédio
que já foi no passado o centro do trafico negreiro.
Hounan Hounon faleceu na noite do dia 11 de Março de 2004,
em Uidá, com 90 anos. Para os seus milhares de adeptos, através do mundo, era
praticamente um semideus.
Após o falecimento do Daagbo Hunon Agbessi Houna, o posto de
hunon em Uidá atualmente é ocupado, pela primeira vez, por uma mulher, a Nagbo
Hounon Houtinme Gbeffa.
Agbê
Agbê é o Vodun senhor de hu, o mar.
Está entre os Tô-vodun, cultuado, sobretudo pelos hweda, nas
circunvizinhanças de Uidá e Grande Popo, no Benin.
Ele foi o terceiro filho de Mawu, gerado com sua irmã gêmea
Naeté.
É simbolizado por uma serpente, representa tudo que é
perene.
Um de seus filhos mais temidos é Dan Toxosu (Tohossu), que
manifesta sua própria imagem, nos nascimentos de bebês com deformações físicas,
Os fons consideram que crianças com deformidades são
protegidos por Tohosu ou Toxosu (lê-se: Torrossu).
A festa anual de Agbê (chamada Gozìn), que celebra a aliança
entre os homens e o mar.
Ocorre em Grande Popo no litoral sudoeste do Benin (anteriormente
em Uidá)
O governo beninense decretou o dia 10 de janeiro feriado
nacional, dedicado à herança ancestral da tradição vodun.
A cerimônia é muito concorrida pelos iniciados do culto
vodun vindos de várias partes do Benim.
Há também visitantes do Togo, Haiti, França, Canadá, EUA e
Brasil.
A festa é dirigida pelo sumo-sacerdote de Agbê, o Daagbo
Hunon.
A festa anual de Agbê
O festival anual é realizado em volta de tendas, com
bandeiras coloridas que representam as diversas comunidades do vodu, marcada
por preces, oferendas e sacrifícios.
No Benin, sessenta por cento da população pratica o vodu.
Centenas de pessoas descem para o litoral para receber as bênçãos
de Daagbo Hounon, o alto sacerdote do Vodu.
O festival é a ocasião onde pessoas do povo tem a
oportunidade de aproximar-se de reis rainhas e sacerdotes para vê-los de perto
ostentando seus trajes luxuosos.
Agbê é o Vodun senhor de hu, o mar.
Está entre os Tô-vodun, cultuado, sobretudo pelos hweda, nas
circunvizinhanças de Uidá e Grande Popo, no Benin.
Ele foi o terceiro filho de Mawu, gerado com sua irmã gêmea
Naeté.
Ele é representado por uma serpente, um símbolo que
representa tudo que é perene.
Um de seus filhos mais temidos é Dan Toxosu, que manifesta
sua própria imagem, nos nascimentos de bebês com deformações físicas, pois os fons
consideram que crianças com deformidades são protegidos por Tohosu ou Toxosu
(lê-se: Torrossu).