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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Davice- Família de Voduns


Tambor de Mina - Culto Jêje (Ewe Fon)

A Família de Davice reúne os voduns da família real do Abomé, no antigo Daomé, atual Benim, e é composta dos seguintes voduns:
Nochê Naê, Mãe Naê - a vodum mais velha e ancestral mítica do clã.
Zomadônu - o dono da Casa das Minas e chefe de uma das linhagens da família de Davice. Rei e pai dos toqüéns Toçá e Tocé (gêmeos), Jagoboroçu (Boçu) e Apoji. Zomadônu é filho de Acoicinacaba.
Acoicinacaba (Coicinacaba) - pai de Zomadônu e filho de Dadarrô.
Dadarrô - chefe da primeira linhagem da família; vodum mais velho da família de Davice. Casado com Naedona e pai de Acoicinacaba, portanto, avô de Zomadônu. É pai de Sepazim, Doçu, Bedigá, Nanim e Apojevó. Representa o governo e é protetor dos homens de dinheiro.
Naedona (Naiadona ou Naegongom) - esposa de Dadarrô e mãe de Sepazim, Doçu, Bedigá, Nanim e Apojevó.
Arronoviçavá - irmão de Naedona é cabinda (mas considerado jeje por outras casas).
Sepazim - princesa casada com Daco-Donu, com quem teve um filho chamado Tói Daco, que é toqüém.
Daco-Donu - marido de Sepazim, pai de Daco.
Daco - filho de Sepazim e Daco-Donu. Toqüém.
Doçu (Doçu-Agajá, Maçon, Huntó ou Bogueçá) - jovem cavaleiro, boêmio, poeta, compositor e tocador. Pai dos três toqüéns Doçupé, Nochê Decé e Nochê Acuevi.
Doçupé - filho de Doçu. Toqüém.
Nochê Decé - filha de Doçu. Toqüém.
Nochê Acuevi - filha de Doçu. Toqüém.
Bedigá - também cavaleiro como o irmão Doçu. Aceitou a coroa do pai Dadarrô que Doçu tinha recusado. Protetor dos governantes, advogados e juízes.
Apojevó - filho mais novo de Dadarrô. Toqüém.
Nochê Nanim (Ananim) - filha adotiva de Dadarrô criou Daco (neto de Dadarrô) e Apojevó (seu irmão mais novo).

A Casa das Minas
A Casa das Minas, localizada na rua de São Pantaleão, é o terreiro de religião africana mais antigo de São Luís. Fundada no século XIX, é uma casa de culto aos voduns, entidades espirituais do antigo reino africano do Dahomé, atual República do Benin.
O pesquisador Pierre Verger defendeu a hipótese de que a Casa tenha sido fundada por Nã Agotimé, da família real de Abomé, esposa do rei Agonglô (século XIX) e mãe do Rei Guezo vendida como escrava por Adandozan que ocupou o trono do Daomé após o falecimento de Agonglô.
A memória oral da Casa das Minas, por sua vez, registra que a fundadora da Casa foi Maria Jesuína, africana consagrada ao vodum Zomadônu, o dono da Casa das Minas. Dentre os voduns cultuados na Casa, figuram, além da família real de Davice, à qual pertence Zomadônu, muitos voduns de outras famílias: Dambirá, Quevioçô, Aladanu e Savalunu, hospedadas na casa por Zomadônu.

O Leopardo do Benim
O Benim, uma das antigas capitais do reino Ioruba, teve sua origem entre os Adjá.
Seu povo fala a língua Fon e vive atualmente ao sul do Benin e do Togo.
São conhecidos na história através de seu reino, o Daomé, e na Diáspora pelo vodu.
Esse reino deu lugar a uma forma própria de arte: os famosos "bronzes de Benim".
O Reino do Daomé, atual Republica do Benim, teve sua origem lendária na cidade-reino Adjá de Tadô (ou Sadô).
Agassu, Agassou foi seu herói mítico e fundador da linhagem dos kpòvi (filhos do leopardo).
Segundo a tradição ele foi gerado pela princesa Alìgbonon, filha do rei da cidade Adjá de Tadô ou Sadô, às margens do Rio Mono, no atual Togo, depois de um encontro com um leopardo.