Togum ou Gu é a denominação fon do orixá Ogum, um To-Vodum
masculino.
Seu culto foi introduzido no sul do Benin ao final do século
XVII por ferreiros e feiticeiros iorubas.
Tornou-se bastante popular por toda a região fon, presente
nos altares e casas de culto dos voduns.
Esse vodun é o dono de todos os metais, principalmente do
ferro e do aço além de todos os objetos cortantes, tais como o akiriké, farim e
o magoge.
Por ser um guerreiro muito afoito, Togum não tem fronteiras,
entra em qualquer lugar em busca do inimigo e da vitória.
Nessas investidas, conta sempre com Legbá, seu companheiro e
amigo, que o ajuda nos combates e se compraz com a sua fúria.
Apesar de ser cordial, Togum é muito impaciente e gosta de
tudo a seu tempo.
Possui um sentido de vigor e agressividade para a
competição, expansão e luta pela sobrevivência.
Em seu culto utiliza-se o pó vermelho extraído de uma árvore
cujo simbolismo é o da procriação.
Seu emblema é o gubassá, uma adaga metálica adornada com
desenhos, utilizada em diversos rituais, para abrir caminho para o mundo dos
espíritos, incluindo o culto de Fa.
Seu outro emblema é o gudaglô, menor que o gubassá utilizado
por esse vodun para defender seus filhos dos inimigos.
Na iconografia fon, o vodun Gu é representado carregando
estes dois sabres, o gubassá na mão direita e o gudaglô na mão esquerda.
Existem vários Voduns pertencentes à linhagem de Togum.
O mais velho deles é o Vodum Guyugu.
Candomblé Jeje
É o candomblé que cultua os Voduns.
Essas divindades pertencem à Mitologia Fon do Reino de
Daomé.
Os Jejes no Brasil são formados por diversos grupos étnicos
(fon, ewe, fanti, ashanti, mina).
Seu culto foi introduzido em Salvador, Cachoeira e São
Felix, na Bahia, em São Luís, no Maranhão, e, posteriormente, em vários outros
estados do Brasil.
Para cultuar os voduns no candomblé Jeje, é preciso que haja
um manancial de água, normalmente um poço, e um local reservado exclusivamente
para as plantas e árvores necessárias ao culto, chamadas de
"kpamahin", além de alguns animais usados no ritual.
Voduns não usam roupas luxuosas e não apreciam roupas
luxuosas.
Suas danças são cadenciadas em um ritmo mais denso e pesado.
Os Voduns estão sempre de olhos abertos e salvo algumas
exceções, conversam (usando preferencialmente um dialeto próprio) dando
conselhos a quem os procura.
A iniciação ao culto dos voduns é longa e complexa e pode envolver
caminhadas a santuários e mercado.
Além de períodos de reclusão dentro da casa de culto, o
hunkpame, de até um ano, onde os neófitos são submetidos a uma rotina de
danças, preces, aprendizagem de línguas sagradas, votos de segredo e
obediência.