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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Togum

Tambor de Mina - Culto Jêje (Ewe Fon)

Togum ou Gu é a denominação fon do orixá Ogum, um To-Vodum masculino.
Seu culto foi introduzido no sul do Benin ao final do século XVII por ferreiros e feiticeiros iorubas.
Tornou-se bastante popular por toda a região fon, presente nos altares e casas de culto dos voduns.
Esse vodun é o dono de todos os metais, principalmente do ferro e do aço além de todos os objetos cortantes, tais como o akiriké, farim e o magoge.
Por ser um guerreiro muito afoito, Togum não tem fronteiras, entra em qualquer lugar em busca do inimigo e da vitória.
Nessas investidas, conta sempre com Legbá, seu companheiro e amigo, que o ajuda nos combates e se compraz com a sua fúria.
Apesar de ser cordial, Togum é muito impaciente e gosta de tudo a seu tempo.
Possui um sentido de vigor e agressividade para a competição, expansão e luta pela sobrevivência.
Em seu culto utiliza-se o pó vermelho extraído de uma árvore cujo simbolismo é o da procriação.
Seu emblema é o gubassá, uma adaga metálica adornada com desenhos, utilizada em diversos rituais, para abrir caminho para o mundo dos espíritos, incluindo o culto de Fa.
Seu outro emblema é o gudaglô, menor que o gubassá utilizado por esse vodun para defender seus filhos dos inimigos.
Na iconografia fon, o vodun Gu é representado carregando estes dois sabres, o gubassá na mão direita e o gudaglô na mão esquerda.
Existem vários Voduns pertencentes à linhagem de Togum.
O mais velho deles é o Vodum Guyugu.

Candomblé Jeje

É o candomblé que cultua os Voduns.
Essas divindades pertencem à Mitologia Fon do Reino de Daomé.
Os Jejes no Brasil são formados por diversos grupos étnicos (fon, ewe, fanti, ashanti, mina).
Seu culto foi introduzido em Salvador, Cachoeira e São Felix, na Bahia, em São Luís, no Maranhão, e, posteriormente, em vários outros estados do Brasil.
Para cultuar os voduns no candomblé Jeje, é preciso que haja um manancial de água, normalmente um poço, e um local reservado exclusivamente para as plantas e árvores necessárias ao culto, chamadas de "kpamahin", além de alguns animais usados no ritual.
Voduns não usam roupas luxuosas e não apreciam roupas luxuosas.
Suas danças são cadenciadas em um ritmo mais denso e pesado.
Os Voduns estão sempre de olhos abertos e salvo algumas exceções, conversam (usando preferencialmente um dialeto próprio) dando conselhos a quem os procura.
A iniciação ao culto dos voduns é longa e complexa e pode envolver caminhadas a santuários e mercado.
Além de períodos de reclusão dentro da casa de culto, o hunkpame, de até um ano, onde os neófitos são submetidos a uma rotina de danças, preces, aprendizagem de línguas sagradas, votos de segredo e obediência.