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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ellegua, o mensageiro divino de Olodumare


Santeria cubana

Elegguá é filho de Okuboro y Añagui, os reis da região de Egbá.
Seu nome original provém do ioruba Èsú Elègbará (príncipe mensageiro daqueles que vivem nas províncias de Oggun, Ozun no território Egbá).
Diz-se também que foi o filho de Obbatalá e Yembó, irmão de Shango, e de Orunmila.
No panteão ioruba, Elegba é uma divindade, o mensageiro divino de Olodumaré.
É guardião, protetor e comunicador.
Ele guia o destino dos homens através da adivinhação.
Ellegba é reverenciado por toda a África e diáspora
Os Fons chamam-no de Legba.
Entre os iorubas é conhecido por Èsú (exu), Èlegba e Èlegbara.
No Brasil, entre os praticantes do Candomblé, é conhecido por Exu.
Para os Lucumi ou Santeirs de Cuba ele é Eshu Eleggua.
O nome Elegbara é formado por duas palavras.
"Ele" significa mensageiro e "Agbara" é poder ou autoridade.
De acordo com esse oriki o papel de Exu é definido como o mensageiro e detentor do axé de Olodumare (poder e autoridade).
Símbolos como o de Exu segurando uma cabaça personificam seus atributos.
Os seus seguidores, Omo Orisha, através de toda a diáspora africana, reconhecem Exu Elegbara como a divindade que tem o poder de fazer acontecer, seja para o bem ou para o mal.
Por esse motivo ele é cultuado antes dos outros orixás, para assegurar que qualquer comunicação ou ação não encontre resistência ou influencias negativas.
Elegba representa o ponto central ou de transição das encruzilhadas simbolizando os momentos de fazer decisões.
Caracteriza toda a perplexidade e confusão que sentimos ao tentarmos fazer a escolha adequada.
Sua ambivalência entre homens e orixás faz dele uma força complexa e neutra.
Aqueles que decidem transgredir as regras e viver na marginalidade irão encontrá-lo no seu caminho atuando como um supervisor ou policial divino.
As caraterísticas de sua personalidade são contraditórias.
Pode ser um amigo leal e muito generoso.
Mas também pode ser o aquele que distribui castigos tanto para homens quanto para orixás.
Os praticantes costuma dizer que Elleguá pode tanto ergue-lo com seus braços para o alto quanto faze-lo cair das alturas.
Esses aspectos opostos de Elleguá representam a crença de que Olodumare (Deus todo poderoso) não tem limites para governar.
Tudo aquilo que for bom ou ruim reside no poder divino, o axé, de Olodumaré.
Exu Elegbara é o detentor desse axé (o poder de fazer acontecer) distribuído conforme a vontade de Olodumaré.

Oriki - Láàróye
(Ogundipe, 1999)

Láàróye
Adíjààle takété
Bàbá òríta
A fi'bi díre, a fire díbi
Má se mi o
Má so béèni mi di béèko
Má so béèko mi di béèni
Ojòwú okùnrín

Tradução:

Láàróye
É aquele que começa a briga e depois se afasta
O ancião das encruzilhadas
Aquele que recompensa o bem com o mal e o mal com o bem
Não me faça mal
Não troque meu sim por não
Não troque meu não por sim.
Homem ciumento.