Santeria cubana
Elegguá é filho de Okuboro y Añagui, os reis da região de
Egbá.
Seu nome original provém do ioruba Èsú Elègbará (príncipe
mensageiro daqueles que vivem nas províncias de Oggun, Ozun no território
Egbá).
Diz-se também que foi o filho de Obbatalá e Yembó, irmão de
Shango, e de Orunmila.
No panteão ioruba, Elegba é uma divindade, o mensageiro
divino de Olodumaré.
É guardião, protetor e comunicador.
Ele guia o destino dos homens através da adivinhação.
Ellegba é reverenciado por toda a África e diáspora
Os Fons chamam-no de Legba.
Entre os iorubas é conhecido por Èsú (exu), Èlegba e Èlegbara.
No Brasil, entre os praticantes do Candomblé, é conhecido
por Exu.
Para os Lucumi ou Santeirs de Cuba ele é Eshu Eleggua.
O nome Elegbara é formado por duas palavras.
"Ele" significa mensageiro e "Agbara" é
poder ou autoridade.
De acordo com esse oriki o papel de Exu é definido como o
mensageiro e detentor do axé de Olodumare (poder e autoridade).
Símbolos como o de Exu segurando uma cabaça personificam
seus atributos.
Os seus seguidores, Omo Orisha, através de toda a diáspora
africana, reconhecem Exu Elegbara como a divindade que tem o poder de fazer
acontecer, seja para o bem ou para o mal.
Por esse motivo ele é cultuado antes dos outros orixás, para
assegurar que qualquer comunicação ou ação não encontre resistência ou
influencias negativas.
Elegba representa o ponto central ou de transição das
encruzilhadas simbolizando os momentos de fazer decisões.
Caracteriza toda a perplexidade e confusão que sentimos ao
tentarmos fazer a escolha adequada.
Sua ambivalência entre homens e orixás faz dele uma força
complexa e neutra.
Aqueles que decidem transgredir as regras e viver na
marginalidade irão encontrá-lo no seu caminho atuando como um supervisor ou
policial divino.
As caraterísticas de sua personalidade são contraditórias.
Pode ser um amigo leal e muito generoso.
Mas também pode ser o aquele que distribui castigos tanto
para homens quanto para orixás.
Os praticantes costuma dizer que Elleguá pode tanto ergue-lo
com seus braços para o alto quanto faze-lo cair das alturas.
Esses aspectos opostos de Elleguá representam a crença de
que Olodumare (Deus todo poderoso) não tem limites para governar.
Tudo aquilo que for bom ou ruim reside no poder divino, o
axé, de Olodumaré.
Exu Elegbara é o detentor desse axé (o poder de fazer
acontecer) distribuído conforme a vontade de Olodumaré.
Oriki - Láàróye
(Ogundipe, 1999)
Láàróye
Adíjààle takété
Bàbá òríta
A fi'bi díre, a fire díbi
Má se mi o
Má so béèni mi di béèko
Má so béèko mi di béèni
Ojòwú okùnrín
Tradução:
Láàróye
É aquele que começa a briga e depois se afasta
O ancião das encruzilhadas
Aquele que recompensa o bem com o mal e o mal com o bem
Não me faça mal
Não troque meu sim por não
Não troque meu não por sim.
Homem ciumento.