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sexta-feira, 27 de abril de 2012

O culto a Ovia, o rio sagrado


Festival Edo

Os rios de Benin City são sagrados e suas nascentes (chamadas de Aro) são cultuadas.
Entre eles está Ovia, cujo nome provém de uma das cinco esposas de Awlawyo, o Alafin de Awyaw.
A nascente sagrada chama-se Arovia, (Aro+Ovia).
Ovia é cultuada em Ugbeni ou Egbeni.
Esse local fica entre Benin City no caminho de Ugwaton ou Gwatto e Gilly-Gilly.

Cerimonia para Ovia
A roupa característica dos dançarinos é uma saia feita de folhas de palmeira.
A cerimonia inicia com três homens que carregam o cetro Ukhure, descrito nas paginas anteriores.
Um menino carrega um bastão encimado por um tufo de folhas de palmeira.
Os dançarinos formam um circulo, metade deles usam um grande adorno de cabeça preso numa espécie de coroa.
A cabeça é coberta por um triangulo de madeira forrado com um tecido vermelho em cujo centro ha um pequeno espelho.
Esse triangulo está circundado por penas presas aos dois lados do triangulo e amontoam-se sobre o topo da coroa
A coroa é feita de madeira, e envolta por tranças douradas e prateadas.
Penas de papagaio vermelho são amarradas nas pontas das penas do calau.
Sobre a coroa são aplicados dois pedaços de vidro dando a impressão de olhos.
A coroa está assentada sobre uma rede, na qual estão aplicadas tiras de tecido vermelho ricamente adornadas com tranças prateadas.
Uma capa ou manto, feita de tiras de folhas de palmeira é similar à saia à volta da cintura.
Ao invés dos trajes de baixo usados pelos Egunguns feitos de uma tela negra, esses dançarinos usam calças de algodão comuns e camisas com mangas longas.
Em volta das pernas logo abaixo dos joelhos são amarradas sinetas negras e tornozeleiras de sementes secas que produzem um barulho de guizos.
A dança começa com os homens de máscara batendo seus bastões enquanto as mulheres cantam, rodeados por dançarinos que fazem um movimento de traz para frente, erguendo seus ombros e arrulhando como aves.
Subitamente dois personagens avançam rapidamente para o centro do circulo, um diante do outro, encostando vigorosamente suas frontes sobre a terra.
Os demais formam o circulo e dançando em perfeita harmonia com o som produzido pelo bater dos seus bastões.