Seguidores

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Oya - Tempo e transformação


Santeria cubana

Os iorubas cultuam Oyá no rio que leva o seu nome (também conhecido por Níger).
Na África, Oyá é a deusa do tempo, especialmente dos furacões, raios, tempestades destruidoras e fogo.
Oricha da transformação, da liderança feminina e do charme persuasivo.
É uma das deusas mais poderosas.
Ela inflige a destruição para obter a calma.
É invocada para a proteção quando as mulheres encontram-se em dificuldades
Em Cuba, Oyá não é a primeira esposa de Changó, tal qual é considerada na África, porém a segunda.
Dizem que é mais perigosa que seu marido quando se aborrece.
Na Santeria cubana ela perdeu suas "qualidades fluviais".
Os Lukumi associam Oyá com o cemitério, ainda que a verdadeira morada de Oyá seja o mercado.
Sua bandeira leva todas as cores menos o preto.
Sua saia carrega lenços multicolores pendurados lembrando muito a roupa de Changó e dos Egunguns.
Representa a intensidade dos sentimentos lúgubres do mundo dos mortos.
Na África é cultuada no território dos Tapas, em Kosso e Oyó.
Seu nome provém de Oló (dona) e Oyá (escuridão).
Conhecida também como Yansã do ioruba Iyámsá (abreviação das palavras Iyá (mãe), Omó (filhos), Mesá (nove)).
Domina os quatro ventos juntamente com Eleguá, Orunla y Obatalá.
Representa a encarnação dos antepassados.
A associação com Egúngún (os ancestrais) estende os domínios de Oyá às portas do cemitério.
Ela é o único orisha capaz de aplacar a ira de Egúngún.
Oyá acompanha toda alma humana às portas do orún.
Com o iruké de Oyá, chibata feita da cauda de cavalo ou de vaca, os Olorishas limpam o cadáver do sacerdote ou sacerdotisa falecidos, simbolicamente abrindo um caminho limpo e seguro até o orún.
Por causa de sua associação com a morte possui intenso conhecimento de magia, e consequentemente conhecida como a Grande Mãe das Anciãs da Noite (Feiticeiras).

Na Regla de Ocha Oyá possui nove caminhos ou avatares (qualidades):

Oyá Bí,
Oyá Funké,
Oyá Dumí,
Oyá Minuí,
Oyá Obinidoso,
Oyá Ayowá,
Oyá Odó-oyá,
Yansá Ororí,
Oyá de tapa.

É a mais guerreira entre as divindades femininas, e está diretamente relacionada com a morte.
Violenta e impetuosa apresenta-se como homem nas situações difíceis, lutando bravamente como eles.
Para guerrear, faz-se acompanhar de um exército de espíritos (egguns) lutando com seus raios e levando uma espada em cada mão.
Pode tanto ser uma mãe protetora quanto uma guerreira selvagem.
Por isso Oyá é tanto amada quanto temida.
E por boas razões.
Seu poder varrer qualquer injustiça e retirar qualquer desonestidade do caminho.
Pode destruir vilarejos caso haja motivos, devido a sua boa compreensão das situações adversas.
Apaixonada, destemida, imprevisível e independente, ela pode mudar seu comportamento de calma para fúria num piscar de olhos.
Não é um oricha para ser invocado ao bel prazer, apenas quando houver real necessidade.