Cultura tradicional do povo Anlo-Ewe
Os principais instrumentos entre os Anlo-Ewes são os de
percussão, as membranas, metais e cabaças.
Os tambores são denominados Evu, os metais Gankogui (sino
bi-tonal) e Atoke (sino em forma de barco), e as cabaças, Axatse (recobertas
externamente por uma rede de contas).
Evu consiste numa membrana, pele esticada sobre a boca do
tambor, e o corpo de madeira escavada de um tronco sólido.
Para os Anlo-Ewes o tambor é a super-projeção da voz humana.
Visto por esse ângulo, o papel e o poder de um tambor
incorpora o conceito africano de usar forças naturais para entrar em contato
com as sobrenaturais.
É a experiência de compor a força humana em combinação com a
natureza, através de peles de animal e troncos de árvore, como meio de
estimular a atenção e a reação das pessoas.
O tambor e o musico, em plena colaboração, criam sons e
tonalidades de timbre, intensidade, ritmos, que propiciam momentos de
inspiração para os que ouvem.
Entre os Anlo-Ewes, ha uma metáfora, "ela kuku dea 'gbe
wu la gbagbe”, que significa" o animal morto berra mais do que o
vivo", frequentemente utilizada para explicar a experiência humana que
inspirou a origem do tambor.
Quando há necessidade de uma comunicação em voz alta, a
membrana de um animal morto faz o papel de levar a mensagem de maneira mais
forte e clara.
Evu é o nome genérico para um conjunto de tambores com
distintos nomes, formas, funções, tamanhos, timbres e características tonais.
Esses tambores são usados frequentemente numa orquestra, um
conjunto que reflete a estrutura básica de uma comunidade Anlo-Ewe.