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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Experiência Náutica

África Negra Pré Colonial 
Tecnologia

As correntes navegáveis da África estavam apinhadas por cais e desembarcadouros, que serviam tanto como portos comerciais quanto militares. A maior embarcação (kanta) podia levar uma tripulação de até oitenta homens. No Níger em lugar das velas invertidas características da África Negra, os barcos eram cobertos por esteiras que formavam uma espécie de teto de proteção contra os elementos. O Askia (rei) era dono de mais de mil pirogas. Cada uma de suas filhas possuía uma para seu transporte e travessias de lazer pelo rio: tal como as filhas do faraó faziam no Nilo.
Questiona-se frequentemente se os africanos tenham deixado o continente por mar pelo Atlântico antes da chegada dos europeus, para estabelecer relações com outros países. Considerando-se os enormes obstáculos a superar (todos os rios tinham barreiras), levam os especialistas concluírem essa questão negativamente. Entretanto, os documentos deixados pelos árabes permitem algumas reflexões sobre essa questão. Muhammad Hamidullah, citando Ibn Fadallâh Al Umarity, nos mostra as duas tentativas que o imperador do Mali, predecessor de Kankan Mussa, para explorar o Atlântico. Na primeira, equipou duzentas embarcações para uma estadia de dois anos no mar: apenas um dos seus capitães foi capaz de retornar com seu barco. O relato dado ao imperador da tentativa catastrófica, só serviu para encorajá-lo a realizar uma segunda expedição. Equipou dois mil barcos, e embarcou nessa empreitada, deixando o trono para o sultão Mussa. Desta vez ninguém retornou. O autor desse estudo argumenta a possibilidade dessa frota, ou talvez a primeira, ter alcançado a América antes de Colombo. É preciso apontar que os relatos da tripulação de Colombo contem ter encontrado negros entre os pele-vermelhas, além de fornecerem detalhes sobre suas vidas: contando que os negros frequentemente se dispunham em conflitos contra os índios.

O livro e o autor - Veja o link abaixo: