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terça-feira, 22 de maio de 2012

Historia do povo Maronita

As Religiões no Rio - João do Rio
Os Maronitas

Durante as cruzadas combateu ao lado dos cristãos contra os ímpios.
Ao aproximarem-se os exércitos, desciam da montanha, alimentavam e vestiam os cruzados nus e com fome.
Sempre que os turcos entravam sedentos de sangue pelo seu território, sofriam como mártires o sacrifício sem protestar.
O ódio do Maometano seguia-os, entretanto, na vida simples e indolente dos mosteiros.
Em 1860 os druzos, povo pagão e feroz, recordando velhos ódios religiosos, atiraram-se subitamente sobre os pobres maronitas, traídos e abandonados.
A carnificina foi horrenda.
A França então, sempre benevolente para os cristãos do Oriente, mandou uma esquadra às águas do Levante, forçando o Turco a modificar o governo do Líbano e a dar-lhe uma certa autonomia.
Desde essa época o governo é cristão nomeado pelas sete grandes potências européias, a câmara dos representantes faz-se por eleição livre e o chefe da policia deve ser cristão.
O chefe da polícia em todos os povos do Oriente representa um papel formidável.
Extremamente religiosos, os maronitas dependem civil, militar e religiosamente, em qualquer parte em que se achem, dos sacerdotes, e a hierarquia da sua igreja compõe-se de um prelado, com o título de Patriarca de Antióquia e de todo o Oriente, de doze bispos diretores de doze dioceses e de um número infindável de sacerdotes inteligentes e bons.

João do Rio - As Religiões no Rio, João do Rio,
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