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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Metalurgia

África Negra Pré Colonial
Tecnologia

Metalurgia

Da Núbia ao Senegal, e por toda esta latitude, que parece pertencer à mesma era de civilização, o sopro das fornalhas acesas produzia o ferro necessário para as atividades tecnológicas e econômicas. É quase certo que o combustível utilizado tenha sido a madeira. O uso da metalurgia na África Negra data de temos imemoriais. A mineração desse metal, sua fundição, e a maneira de trabalha-lo não foi ensinada por ninguém aos africanos. Em 1956, M.Leclant, diretor do centro de egiptologia na universidade de Estrasburgo, ao referir-se à indústria metalúrgica britânica, ressaltou que, nos tempos clássicos, A Núbia (Meroë) podia ser comparada à Birmingham quanto à produção e distribuição de metal.
Atualmente as fornalhas de sopro de baya, Durru, Namchi, Tchamba, Wuté, Marghi, Batta, Dama, etc., ainda estão operantes.
O aparecimento dos bronzes do Benim que os cavalheiros usavam de diversas maneiras em suas couraças, armando-se dos pés à cabeça, parece provar que a metalurgia estava a serviço de todo tipo de uso, uma vez que essas armaduras, sem dúvida alguma, eram de fabricação local. Desde cedo foi feito todo o esforço para fabricar esses acessórios com outro material que não o ferro, devido ao clima, mantendo a mesma forma, e preocupando-se em torna-los seguros e protetores. Eis o porquê de essas armaduras terem demonstrado, ao final do período histórico do Benim, serem itens puramente decorativos. Lembremo-nos que muitos dos cavalheiros medievais, que sucumbiram sob suas armaduras à caminho da Terra Santa, durante as cruzadas, não suportaram o calor e os rigores do clima.
A técnica de moldar o bronze pelo processo de cera perdida, responsável pelas belas obras de arte do Benim, foi compartilhada entre a região atlântica do Golfo da guiné e a antiga Meroë. A ourivesaria, a fabricação de filigrana de ouro, e a manipulação do cobre, estanho e das ligas metálicas, haviam sido bastante difundidas durante a África pré-colonial. Recordemos que Samory possuía cópias de rifles europeus, durante a sua luta de resistência contra os franceses, feitos pelos ferreiros locais. Ha de admitir-se que sua eficiência não era a mesma, devido à qualidade inferior do metal. O oficio de chaveiro também era conhecido nesse tempo na África.
As repetidas vitórias da Nubia contra o exercito romano (Cornelius Gallus) em 29 A.C, pode nos dar uma ideia do que era o nível tecnológico desse país naquele período.

O livro e o autor - Veja o link abaixo: