Seguidores

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A Primeira Crise de Marrocos - 1905-1906


A Partilha da África

Apesar da Conferência de Berlim, 1884–1885, ter estabelecido as regras para a disputa pela África, não conseguira enfraquecer a rivalidade dos imperialismos.
O incidente de Fashoda de 1898, que quase levara a França e Inglaterra à guerra, conduziu finalmente à Entente Cordiale, assinatura do acordo de 1904 revertendo o poder de várias potências europeias.
Em decorrência, a nova potência alemã decidiu testar a solidez de sua influência, usando para isso o concorrido território do Marrocos como campo de batalha.
Então, a 31 de Março de 1905, o Kaiser Guilherme II visitou Tanger e fez um discurso a favor da Independência do Marrocos, desafiando a influência francesa neste país.
A posição da França havia sido reafirmada pela Inglaterra e Espanha em 1904.
O discurso do Kaiser reforçou o nacionalismo francês e com o apoio do ministro de relações exteriores, Théophile Delcassé, a França tomou uma posição desafiadora.
A crise atingiu seu apogeu em meados de junho de 1905, quando Delcassé foi forçado a retirar-se do ministério pelo primeiro ministro conservador Maurice Rouvier.
Mas em julho de 1905 a Alemanha foi se isolando e a França continuou a manter-se em conferência, com a Alemanha mobilizando suas unidades militares de reserva ao final de Dezembro e a França movendo suas tropas para a fronteira em 1906.
A Conferência de Algeciras de 1906 foi criada para resolver a disputa.
Das treze nações presentes, o único apoio encontrado pelos representantes alemães foram os austro-húngaros.
A França contou com o firme apoio da Inglaterra, Rússia, Itália, Espanha, e Estados Unidos.
Os alemães acabaram por aceitar um acordo, assinado a 31 de maio de 1906, no qual a França cedeu certas mudanças domesticas no Marrocos, porém mantendo suas áreas estratégicas.

Fonte consultada: Wikipedia
Minha tradução