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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Os africanos e suas nações


Os escravos brasileiros pertenciam a diversos grupos étnicos, incluindo os Yoruba, os Ewe, os Fon, e os Bantu.
Como a religião se tornou semi-independente em regiões diferentes do país, entre grupos étnicos diferentes, evoluíram diversas "divisões" ou nações, que se distinguem entre si principalmente pelo conjunto de divindades veneradas,
o atabaque (música) e a língua sagrada usada nos rituais.
A lista seguinte é uma classificação pouco rigorosa das principais nações e sub-nações, de suas regiões de origem, e de suas línguas sagradas:

Ketu ou Queto , Nagô ou Iorubá Nagô.

Os povos de Ketu, Ilê Ifé e Oyo, têm Oduduwa, herói civilizador, como protagonista do mito primordial, são considerados Nagô.
(Bahia) e quase todos os estados - Língua Yoruba (Iorubá ou Nagô em Português)
No início do século XIX, as etnias africanas eram separadas por confrarias da Igreja Católica na região de Salvador, Bahia.
Dentre os escravos pertencentes ao grupo dos Nagôs estavam os Yoruba (Iorubá).
Suas crenças e rituais são parecidos com os de outras nações do Candomblé em termos gerais, mas diferentes em quase todos os detalhes.

Efan na Bahia,

Efan ou Efon no Rio de Janeiro e São Paulo
É uma nação do candomblé, seus orixás também são cultuados em outras nações.
Na África a nação ainda existe, mais exatamente em Ekiti-Efon
(não confundir com Ifon, a terra de Oxalufon), no Brasil usa-se o termo "Lokiti Efon" e onde reina absoluta a rainha da nação no Brasil, ou seja, Osun, lá ainda cultua-se muitos orixás que se perderam no caminho para o Brasil. Devido a influência Ketu, a nação de Efon, perdeu um pouco de sua raiz.

Ijexá

principalmente na Bahia Ijexá, nação do Candomblé formada pelos escravos vindos de Ilesa na Nigéria, em maior quantidade na região de Salvador, Bahia.
O Ijexá resiste atualmente como ritmo musical presente nos Afoxés.
O Ijexá, dentro do Candomblé é essencialmente um ritmo que se toca para Orixás, Nkisis e Voduns, Oxum, Oxóssi, Logum-edé e Oyá-Yansan. Ritmo suave mas de batida e cadência marcadas de grande beleza, no som e na dança.
O Afoxé Filhos de Gandhi Da Bahia, é talvez o mais tenaz dos grupos culturais brasileiros na preservação desse ritmo. O Gandhi basicamente só toca Ijexá e assim ele se mantém vivo.
Herança de África, viva aqui na América Latina

Nagô Egbá ou Xangô do Nordeste

no Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo Xangô do Nordeste também conhecido como Xangô do Recife, Xangô de Pernambuco ou Nagô Egbá.
Em todo o Nordeste da Paraíba à Bahia, a influência dos Yoruba prevalece a dos Daomé. Esta é a zona mais conhecida quanto às religiões africanas, a que deu lugar a maior número de pesquisas e de trabalhos.

Mina-nagô

ou Tambor-de-Mina no Maranhão Tambor de Mina é a denominação mais difundida das religiões Afro-brasileiras no Maranhão e na Amazônia.
A palavra tambor deriva da importância do instrumento nos rituais de culto.
Mina deriva de negro da Costa da Mina, denominação dada aos escravos procedentes da âcosta situada a leste do Castelo de São Jorge de Minaâ,
na atual República do Gana, trazidos da região das hoje Repúblicas do Togo, Benin e da Nigéria, que eram conhecidos principalmente como negros mina-jejes e mina-nagôs.

Xambá

em Alagoas e Pernambuco.
A Nação Xambá está ainda bem viva e ativa em Olinda, Pernambuco.Apesar dos Orixás serem praticamente os mesmos do Candomblé, existe bastante diferença na forma de culto.

Bantu, Angola e Congo

(Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul), mistura de Bantu, Kikongo e Kimbundo línguas.
A palavra Bantu compreende Angola e Congo, é uma das maiores nações do Candomblé, uma religião Afro-Brasileira.
Desenvolveu-se entre escravos que falavam Kimbundo e Kikongo.
O Deus supremo e Criador é Nzambi ou Nzambi Mpungu;
abaixo dele estão os Jinkisi/Minkisi, divindades do Panteão Bantu.
Essas divindades se assemelham a Olorun e Orishas da Mitologia Yoruba, e Olorum e Orixá do Candomblé Ketu.

Fonte : Wikipédia