Em um galpão de quase 900 metros quadrados, localizado em Cosme de Farias (15 km do centro de Salvador), 22 operários usam cores fortes e alegres para fabricar vestidos, saias, biquínis, cangas, camisetas, calças, sungas, toalhas e panôs direcionados basicamente para o maior público consumidor da capital baiana, os afrodescendentes."Com o passar dos anos, os negros perceberam que suas histórias podem ser contadas pelas roupas, pelos adereços, pela decoração", disse a artista plástica Maria Auxiliadora dos Santos Goya Lopes, 50.
Há 18 anos, Goya Lopes fundou a Didara, fábrica que atualmente produz cerca de 3.000 peças por mês e que, desde o ano passado, começou a exportar para a Itália.
Goya Lopes é licenciada em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), especialista em Design, Museologia, Expressão e Comunicação Visual, pela Universitá Internazionale DellArte diFirenze, Itália.
Ao longo de sua carreira, Goya Lopes foi promotora de cursos e workshops.
Participante de congressos, seminários e simpósios sobre Design e Artes Visuais, a artista brasileira divulgou seus trabalhos com ênfase para um recorte que valoriza a Arte Afro-Brasileira.
Promotora de exposições no Brasil e Exterior, as obras de Goya Lopes podem ser vistas em Nova Iorque, Salvador e Brasília.