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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Máscaras Igbo - Nigéria e Níger - rio Benue



Os Igbos são populosos e bastante espalhados pelo território que abrange a floresta, o pântano nigeriano e as margens do rio Niger. Estimados em mais ou menos oito milhões.
O rio com suas margens férteis propiciam um solo ideal para a agricultura e cultivo para todos seus habitantes.
Historia
Nos séculos XVII e XVIII, muitos foram escravizados representando uma boa parcela dos escravos traficados para o Novo Mundo.
No século XIX, tornaram-se os principais fornecedores do óleo de palma (dendê), e de seus frutos, sendo apelidados pelos iorubas de Igbo ou povo do arbusto, por esse motivo.
Esse povo conseguiu manter vivas suas tradições, sua língua, organização social e crenças.
Acreditam em Chi, seu criador e Ale, a deusa da terra, sua matriarca ancestral. Além disso, em inúmeros espíritos.
No decorrer dos tempos foram incorporando uma grande variedade de crenças, e de estilos de arte das tribos vizinhas.
Essa variedade cultural pode ser observada nas cerimonias rituais, nas criações artísticas, na musica e nas danças.
As esculturas Igbo, feitas em bronze e cobre, datam de 900 DC.
Entre eles ha uma grande variedade de mascaras, feitas em madeira ou tecido, usadas em vários rituais. Sátiras sociais, rituais sagrados para os ancestrais e invocação dos deuses, iniciações, enterros, e festivais que incluem atualmente o natal e o dia da independência.
Seu traje elaborado, instrumentos musicais, musica danças, criam uma atmosfera carnavalesca com a participação de toda comunidade.
Mascaras
Os Igbos produzem uma variedade de objetos de madeira como instrumentos musicais, portas, banquetas, molduras de espelho, bandejas para oferecer noz de Kola (obi) para os convidados, bonecas de fertilidade, e pequenas figurinhas usadas para adivinhação.
Eles usam centenas de máscaras para seus cultos de iniciação, funerais, festivais de colheita, e entretenimento.
Uma de suas mascaras representa uma mulher de com uma marca alongada na testa. Esse é um sinal de sua proveniência, ao norte do território Igbo.
Seu penteado elaborado exemplifica o estilo usado pelas mulheres da tribo.
Em ocasiões especiais como casamentos e nascimento de primogênitos as mulheres moldam os seus cabelos com argila e óleo, para ficarem armados com curvas.
Presilhas, pentes e sinos também são usados para enfeitar. Normalmente são as mulheres ricas que usam esses penteados, pois são aquelas que podem pagar pelo serviço.
Mas cotidianamente as mulheres usavam seus cabelos presos num coque ou em pequenos tufos para carregarem peso sobre a cabeça.
Os povos Ibos e suas máscaras
Os povos Igbo-Izi vivem ao nordeste desse território, e entalham uma mascara chamada Ogbodo, com aspecto de elefante, com suas presas típicas.
Os artesãos Ekoi entalham capacetes cefalomóficos e zoomórficos, como as máscaras Janus que são recobertas com pele de antílope.
Essa técnica também é utilizada por outras tribos ao norte, e consiste em aplicar a pele fresca sobre a madeira adicionando crina e outros detalhes.
Os Ekoi e outros grupos do território do rio Cross (Cruz), fazem largos monolitos chamados Atal, para representar os ancestrais. Um desses monolitos data de 200 DC.
Os povos Ejagam que pertencem ao clã do Leopardo se reúnem em uma casa com painéis mágicos sobre os quais são aplicados esqueletos de animais e substancias mágicas.
Vivendo na parte ocidental do Rio Cross o povo Oron entalha figuras ancestrais com aparência de macaco. Essas esculturas conhecidas como Ekpu, têm um penteado típico e escarificações. São mantidas nos locais de reunião e usadas como objetos mnemônicos para comemorar a historia da tribo.
A oeste dos povos Oron, perto do mar, vive o povo Eket. Eles fazem mascaras em forma de disco, usadas durante as cerimonias Ekpu, relatadas acima.
Ao norte fica a sociedade Igbo Mmo que cultua os espíritos das jovens falecidas e de suas mães, com mascaras que simbolizam a beleza.
As características comuns dessas máscaras são os rostos finamente entalhados e com suas tatuagens acentuadas.
Ao sul, esta a sociedade Ekpe dentro do território do rio Cross. Fazem as mascaras Okorosia, semelhantes às Mmo. Usam mascaras de funções contrastantes, durante suas cerimonias. Aquelas do espirito das jovens falecidas representando beleza e serenidade, e a de espíritos de elefante representando força e agressividade.
Os Ibo do oeste são conhecidos pelas cerimonias de mascaras associadas com o festival Iko Okochi, no qual o formato das máscaras é determinado de acordo com o tema do festejo, que varia anualmente.