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sábado, 29 de outubro de 2011

Rainha mãe do povo Adioukrou - Costa do Marfim

A ostentação de ouro no Jubileu do rei Ashanti ocorrido em 1995 em Gana, foi insuperável em esplendor. a A rainha mãe, que frequentou essa festividade, usou talismãs tartaruga e crocodilos de ouro em seus cabelos para indicar o seu status. Magnificamente enfeitada com jóias de ouro e usando de pó de ouro como maquiagem, foi a maneira empregada por ela para exibir a autoridade e o valor do seu marido.
O Adioukrou é uma língua nigero-congolesa do grupo Kwa falada na Costa do Marfim.
É utilizada em 49 vilarejos do departamento de Dabou, ao sul de Costa do Marfim.
Existem materiais para a aprendizagem desta língua e traduções de textos religiosos, entre os que destacam o Novo Testamento.

Costa do Marfim - população e costumes

A população da Costa do Marfim é aberta e comunicativa.
Por terem realizado a transição para a independência pacificamente, e pelo fato da influência francesa haver-se misturado com os costumes tradicionais africanos, criando uma rica cultura própria, os ódios inter-raciais não têm aparecido neste formoso país.
Assim, junto a uma população branca convivem distintos grupos étnicos de diferentes tribos.
Destacam-se os Akan, abrangendo às etnias Agni-Baulé, Ashanti e Abrom entre outras, situados no centro e leste do país; os Mande que habitam o centro e o norte e agrupam aos Diola, Bambara, Dan ou Yacuba; os Voltaicos no norte conformados pelos Senufo e os Lobi; os Kru no sul e oeste; e os Kua na costa oriental com clãs dos Abé, Aburé e Ebrié entre outros.
Entre os costumes mais curiosos que se encontram nas diferentes culturas está a dança dos punhais (chamada das "meninas serpentes"), consistente em um rito praticado por meninas de sete ou oito anos escolhidas pelo Simbo pela agilidade, ligeireza e inteligência.
As crianças são jogadas no ar sobre uma faca e, no último momento, a faca é retirada e as crianças não sofrem dano.
Este "Ritual da Cobra" é praticado tanto pelos Dan como pelos Gueré. O Simbo é o padre do ritual, quem separa estas crianças de seus lares a partir dos quatro anos para iniciá-las.
Por sua parte as curandeiras de Tengouélan, praticam uma magia curiosa que as permite aceder à adivinhação. Após uma longa marcha reúnem-se em um lugar sagrado onde chamam aos espíritos envolvidos em um pó branco e concentrados numa dança magnífica.
O povo da Costa do Marfim tem uma esperança de vida de uns 56 anos, 60 de cada 100 adultos está alfabetizado, todo um recorde dentro da África.
A população atual, segundo censo de 1997, é de 14.986.000 habitantes. Em Abidjan se concentram perto de 3.000.000 de pessoas

Múltiplas etnias

O conjunto de nações costeiras do Golfo conforma um dos mosaicos étnicos mais interessantes da região ocidental. As principais etnias que formam a população da Costa de Marfim são agniboule, kru, senufo e melinke.
Os primeiros povoadores chegaram ao território ao longo do primeiro milênio e se dedicaram à agricultura. A nação adotou seu nome devido ao tráfico de marfim na época da conquista colonial.
As famílias linguísticas pertencentes ao nigero-congolês são:
Oeste-atlântico: inclui wolof, falada no Senegal, e fulfulde, uma língua falada pelo Sahel.
Mande: faladas na África Ocidental; inclui bambara, a língua falada em Mali.
Kwa: inclui Akan, falada em Gana.
As línguas iorubá e ibo, faladas na Nigéria.
Gur: faladas entre outros lugares na Costa do Marfim, Togo, Burkina Fasso e Mali.
Kru: faladas na África Ocidental, inclui as línguas bété, nyabwa, e dida.
Adamawa-ubangi: inclui a sango, falada na República Centro-Africana.
Banto: um grupo bem grande inclui suaíli (kiswahili).
No Kwa integram-se o cru (kru), o cua ocidental (ou ewe-akan com o evé ou ewe, o fon, o axante, o fante, o gã), o iorubá, o igala, o nupe, o edo, o ibo e o ijó.

Foto de Carol Beckwith e Angela Fisher

As fotógrafas Beckwith e Fisher realizaram um autêntico trabalho antropológico durante os trinta anos que levaram fotografando as cerimônias da África. 
Aproveitando a desvantagem aparente de sua condição feminina e graças à sua adversidade, conseguiram ganhar a confiança dos homens e mulheres das diversas tribos que visitaram, aceitando registrar sua vida cotidiana e seu mundo espiritual de uma maneira que nenhum homem conseguiu antes.