Aqui estão alguns dos países africanos de fala francesa.
Burkina Faso, Costa do Marfim, Niger, Mali, Senegal, Togo, Benin e Guiné.
É bom ressaltar que a divisão entre os blocos de fala inglesa e francesa é imprecisa e seus limites são arbitrários para a classificação das tradições têxteis. Essa divisão é artificial e foi imposta pelos europeus no século XIX.
É possível, entretanto, ressaltarmos algumas diferenças.
Nesta região ha uma vasta gama de tecidos de algodão de listas finas feitas nos teares de trama dupla, por artesãos masculinos.
Tecidos crus tintos a índigo ou desenhados com pigmentos de lama em regiões de Mali. Outros mais amplos tecidos por mulheres em teares de trama simples, apenas em partes do Benim e Togo.
Técnicas decorativas usadas em algumas regiões incluem os apliques e por vezes os urdumes.
Os bubus usados pelos homens, de inspiração islâmica e os xales locais usados sob alguma blusa de tecido importado.
Em qualquer parte da África Ocidental o traje é um misto de roupa com xales, mantos e bubus, principalmente nas áreas onde se nota a influência islâmica.
O segundo principal grupo de tecidos associado com a África francófona, são as mantas e capas tecidas principalmente nas regiões do Sahel, uma parte semidesértica ao sul do Saara, estendendo-se em direção ao Mali, Burkina Faso, Níger e o extremo norte da Nigéria.
As mantas de algodão ou lã são usadas em toda essa região tanto para proteger-se do frio nas noites do deserto, como de mosquitos.
Os tecelões de língua Mande (Mande, Bamana, Mandingo, Yarse, etc.) parecem ser os produtores dessas roupas de influencia mais difundidas, mas outros tipos distintos também são feitos pelos Fulanis (Fulas), Hauçás e Dogon entre outros.
Todos utilizam uma estrutura de tecelagem de superfície tramada produzindo faixas de padronagem decorativa através das listas do pano. Essa parece ser uma antiga técnica usada nos tecidos Tellem cujos fragmentos encontrados em Bandiagara no Mali, datando dos séculos XI e XII DC.
Tanto as mantas como a influencia de sua padronagem disseminaram-se para o sul na região da floresta, como Serra Leão, e influenciaram também algumas tecelagens Ewe.
No percurso do século XX, alguns panos como Fulani, Kassa e arkila, continuaram a ser tecidos nas padronagens clássicas, enquanto outros evoluíram para uma padronagem mais viva e criativa, usando uma vasta gama de algodões importados que se tornaram disponíveis.
fonte:
http://adireafricantextiles.blogspot.com/
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