Este povo possui um extraordinário sentido de beleza e de expressividade.
A sua criatividade aparece, entre outras manifestações, nos intrincados desenhos com que, os homens adornam o seu corpo.
Essa luta tem o objetivo de competir, mas também serve para encorajar a hostilidade coletiva antes de um ataque a uma tribo rival.
As mulheres casadas usam uns pratos nos lábios, cujo tamanho está relacionado com sua riqueza.
Nos dias de hoje, os tradicionais estão sendo ameaçados pela Igreja Presbiteriana que tenta converter as pessoas ao evangelho.
A administração Bush, cujo objetivo é o de impor os valores ocidentais, apoia fortemente a agressividade dessa igreja.
Outra ameaça presente, são os traficantes de armas que circulam por esta região conhecida como "Chifre da África" trocando fuzis Kalishnikovs por gado, uma prática perniciosa, que ainda pode resultar num desastre humano.
The Surma people of Ethiopia
Essa exposição aconteceu no Museu Afro Brasil
Vejam o site da fotografa:
www.isabelmunoz.com/
Isabel Muñoz
Nascida em Barcelona, 1950, Isabel Muñoz é a fotógrafa do corpo.
Sejam imagens completas ou fragmentos de pessoas, as suas fotografias a preto e branco, captam toda a sensualidade, formas e movimentos plásticos desde o tango ao flamenco, da dança oriental ao ballet khmer, dos grandes mestres das artes marciais da China aos lutadores da Turquia.
Isabel Muñoz tem percorrido o mundo a fotografar a situação do corpo na sociedade contemporânea.
Todas as suas fotografias são realizadas com impressão em platina.
Premiada com o 3º Premio na categoria "Portraits Stories" na 48ª Edición do World Press Photo por "The Surma people of Etiopia".
Tem trabalhos nas seguintes coleções: Maison Européenne de la Photographie de Paris, Museu de Arte Contemporânea de Nova York, Museu de Arte Contemporânea de Houston, Coleção da Cidade de Genebra e em varias coleções privadas.
Carol Beckwith e Angela Fisher
As fotógrafas Beckwith e Fisher realizaram um autêntico trabalho antropológico durante os trinta anos que levaram fotografando as cerimônias da África.
Aproveitando a desvantagem aparente de sua condição feminina e graças à sua adversidade, conseguiram ganhar a confiança dos homens e mulheres das diversas tribos que visitaram, aceitando registrar sua vida cotidiana e seu mundo espiritual de uma maneira que nenhum homem conseguiu antes.