Os Nupe vivem principalmente no estado do Níger.
Representam aproximadamente a metade da população total de Nigéria.
O povo Nupe possui varias tradições.
São muçulmanos em sua maioria, e divididos num grande numero de subgrupos.
Grande parte de sua cultura foi adotada das nações árabes, mas ainda detém muito de sua cultura original.
É frequente vermos pessoas com escarificações tribais em seus rostos, alguma delas identificando prestigio e laços familiares, mas também como proteção e como enfeite.
Mas estas tradições estão morrendo em algumas áreas.
Por serem tradicionalmente muçulmanos sua arte não pode ser figurativa.
Isso fica patente nas banquetas de madeira que eles fabricam com padrões abstratos entalhados na superfície.
As crenças Nupe também consistem da fé cristã.
Sua nação alcançou o apogeu entre os séculos XVI e XVIII, caindo sob o domínio colonial dos ingleses no final do século XIX.
Muitos Nupe são artesãos, organizados em sociedades de artífices.
A agricultura é outra ocupação importante deste povo.
O nome Nupe
O povo Nupe que vive na atual Nigéria. São conhecidos Takpá, ou Tapá pelos iorubás.
Sua língua pertence ao grupo sudanês, constituindo junto com o ibo, edo, ijo, o andoni e o iorubá, o grupo Kwa das línguas do oeste da África.
Existem atualmente cinco dialetos (nupe, ebe, zitko, bassa, kupa).
Embora esteja dividido em províncias e subgrupos tribais, o povo Nupe tem forte sentimento de sua identidade e unidade tribal.
Historia
O reino Nupe foi fundado pelo herói mítico Tsoede, apelidado de Edegi, nascido em 1465, procedente da região Igala cuja população era descendente de uma das primeiras ondas migratórias dos iorubás, período que remonta aos anos 700 D.C.
Foi o fundador da dinastia Nupe, e considerado o como o pai mítico do reino.
Tsoede era da etnia Nupe por parte de mãe e da etnia Igala por parte de pai.
Ele herdou fetiches de seu pai, o rei de Igala, com valores simbólicos e mágicos.
Em seu retorno ao lar materno obteve o controle do vasto território Nupe e estendeu seu reinado conquistando as terras vizinhas.
Os povos conquistados foram os Iorubas ao sul e os Kamberi e Kamuku ao norte.
Fundou Nupeko, a capital administrativa do reino de onde afirmou seu poder politico por todo o reino.
Morreu em 1591, em uma missão expansionista, ao norte do território Nupe.
Esse povo foi descrito em detalhes pela primeira vez em 1942, pelo etnógrafo britânico Siegfried Nadel, cujo livro Black Byzantium, permanece um clássico da antropologia.
Nadel dedicou vários trabalhos a etnia Nupe. Estudou o sistema político, social e a sua religião.