O culto a Nana Buluku, Naná Burukú se estende ao longo de toda África, desde o leste ate o oeste, através do Niger.
Em alguns lugares, seu culto se confunde com o de Xapanã ou Obaluaê.
Em outras regiões, é conhecida como Nene, desconhecendo-se as relações entre essas denominações do Orixá.
Ao longo de toda geografia africana existem templos onde se venera esse antigo orixá.
Na historia já existiram muitas maneiras de venera-la, mas a única que manteve a tradição intacta é essa:
Os iniciados de Nàná Buruku vão ao santuário principal de Atakpame ao menos uma vez durante a vida em respeito a ela, e se quiserem iniciar-se no culto deverão fazê-lo por três vezes seguidas, durante o período de três anos.
Durante as guerras que assolaram essa região foi encontrada uma arma, proveniente de Dassa Zumê , local próximo à fronteira do Togo, na atual Gana, com uma forma de pera, e cujo significado não conheciam e nem o material da qual era feita.
As oferendas que se oferecem a Nàná Buruku na África são bastante variadas.
Em alguns lugares oferecem uma bebida chamada pito, além de carneiros e frangos.
Nas nações Jejes, o carneiro é considerado a sua oferenda preferida.
Sua proteção nas guerras é conhecida, e ao longo da historia já foi muito invocada para tirar seu povo dos apuros.
Principalmente nas regiões dos povos Dagomba, Ashanti, Gonya y Tschautcho com quem entraram em conflito.
Ha inclusive alguns lugares que foram designados com o seu nome.
É o caso de Tschi, também conhecido como Buruku Oboose, significando a terra de Buruku.
Através das pesquisas foi possível descrever a gruta de Adélé, onde se encontrava o seu santuário.
Seguindo o curso do Níger chegava-se ate uma gruta aonde se situava o seu templo.
Além dos alagados e pântanos, ela esta fortemente conectada com a própria terra, especialmente com o barro e a lama.
Em outras palavras, com a mistura de água e terra.
Em muitas religiões e mitologias o barro é a matéria prima com a qual a humanidade foi modelada, mas também é a matéria com que nos transformamos apos a morte.
Nesse aspecto Nana Buruku é o começo e o fim.
Ela já existia antes que Olodumaré e seus Orixás aparecessem, e estará aqui para sempre, mesmo quando os espíritos e humanos não existirem mais.
Na mitologia daomeana Nanã é sua própria mãe, ela não precisa de criador, é criador e criatura.