Muradit, um renomado lutador Surma, pinta seu rosto com giz branco para intimidar seus adversários nas lutas com vara.
Os Surmas da Etiópia
Surma é um autentico paraíso, com pastagens verdes, vales e florestas tropicais.
A nação Surma consiste de 40.000 indivíduos, que vivem do café, milho, mel e caça.
O povo vive numa área remota da Etiópia e mantém costumes seculares, como o uso de discos de madeira pelas mulheres para esticar os lábios.
Sua fama de guerreiros vem da continua busca por zonas de caça e pastoreio e ainda entram em atrito com seus eternos inimigos Bu-mi.
Mas são pacíficos, tranquilos e apaixonados a sua maneira. Eles acreditam que Deus lhes deu tudo, e o gado que possuem é certamente o melhor do mundo.
Cada ano após a colheita, os jovens desfrutam de um período de cortejo, passando diante do rio, e pintando seus corpos com belos motivos, para torna-los atraentes ao sexo oposto.
As moças sentam-se sob as árvores e tocam o piano de polegar. É um belo instrumento encontrado nas diferentes regiões africanas, e utilizado com perfeição pelos Surma.
Os Surma dividem algumas semelhanças com as tribos vizinhas Mursi, como os discos nos lábios usados por mulheres e a luta com varas.
Donga, a luta de varas, é um verdadeiro teste para os nervos, usando força bruta para demonstrar masculinidade, ajustar as contas, e principalmente conquistar esposas.
Nesse torneio, participam mais de 50 homens representando os diversos povoados.
Os homens pintam seus corpos com uma mistura de cal e água antes da luta.
Eles lutam lado a lado, até serem eliminados, sobrando apenas a dupla da qual sairá o vencedor.
Nessa luta cada participante esta armado com uma vareta de madeira de uns dois metros de comprimento e pesando um quilo.
A vareta é segurada pela base com ambas as mãos, a esquerda sobre a direita para dar mais agilidade e força no ataque.
Cada lutador golpeia a seu oponente tantas vezes quanto possível, tentando elimina-lo do torneio.
Essa é uma luta para que os solteiros se exibam diante das suas pretendentes.
O vencedor será carregado sobre uma plataforma de varas, diante de um grupo de mulheres que observam fora da roda para decidir quem pedira o jovem em casamento.
O vencedor tem que oferecer aos pais da moça, seu dote em cabeças de gado.
Participar dessa luta é considerado mais importante que vencer.
Foto: Carol Beckwith e Angela Fisher
As fotógrafas Beckwith e Fisher realizaram um autêntico trabalho antropológico durante os trinta anos que levaram fotografando as cerimônias da África.
Aproveitando a desvantagem aparente de sua condição feminina e graças à sua adversidade, conseguiram ganhar a confiança dos homens e mulheres das diversas tribos que visitaram, aceitando registrar sua vida cotidiana e seu mundo espiritual de uma maneira que nenhum homem conseguiu antes.
As fotógrafas Beckwith e Fisher realizaram um autêntico trabalho antropológico durante os trinta anos que levaram fotografando as cerimônias da África.
Aproveitando a desvantagem aparente de sua condição feminina e graças à sua adversidade, conseguiram ganhar a confiança dos homens e mulheres das diversas tribos que visitaram, aceitando registrar sua vida cotidiana e seu mundo espiritual de uma maneira que nenhum homem conseguiu antes.