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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Livro "Ewe'Orisa - Uso litúrgico e terapêutico dos vegetais nas casas de Candomblé' Jeje-Nago".

Escrito pelo Olosaiyn José Flávio Pessoa de Barros e por Eduardo Napoleão.
Editado pela Betrand do Brasil, o livro aborda, entre outros aspectos, as substituições e adaptações feitas pelos escravos ao chegarem ao Brasil e não encontrarem as ervas que utilizavam anteriormente.

Resenha

A história dos africanos e seus descendentes nas Américas é repleta de intercâmbios entre os dois continentes. Várias espécies de vegetais foram trazidas da África para o Brasil com fins litúrgicos, e muitas foram daqui levadas e adaptadas pelos povos das diversas regiões da atual Nigéria. Através de uma linguagem acessível, Ewé Òrìsà ? Uso Litúrgico e Terapêutico dos Vegetais nas Casas de Candomblé Jêje-Nagô, de José Flavio Pessoa de Barros e Eduardo Napoleão, apresenta o sistema classificatório dos vegetais, segundo a própria visão dos jêje-nagôs, e o culto em louvor a Osányìn (o patrono dos vegetais), que está inserido na tradição oracular do sistema divinatório de Ifá com seus korin ewé (cânticos sagrados). A obra procura compor uma monografia para cada vegetal analisado, relacionando-os aos elementos naturais, orixás correspondentes, assim como sua utilização dentro dos terreiros. Nas comunidades-terreiro, reduto deste conhecimento ancestral, é comum ouvir-se?Kosí ewé kosí òrìsà?, ?sem folha não há orixá?. Ewé Òrìsà constitui-se em leitura de grande utilidade, não só para iniciados, mas também para todos que se dedicam aos estudos dos vegetais nas áreas da religião, antropologia, etnobotânica e botânica.

José Flávio Pessoa de Barros é coordenador do Programa de Estudos e Pesquisas sobre Religiões - PROEPER/Uerj.

Antropólogo e pesquisador das religiões afro-brasileiras, especialmente o candomblé.
Estuda os rituais, simbolismos, identidades e músicas sagradas dos terreiros.
A partir de sua Tese de doutoramento Bahia, FFLCH/USP, 1983