Seguidores

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Museu Nacional Pré-Histórico e Etnográfico Luigi Pigorini - Roma

O Museu Nacional Pré-histórico Etnográfico deve seu nome e sua fundação ao etnólogo Luigi Pigorini, que quis uma instituição que juntasse os testemunhos pré-históricos italianos e aqueles produzidos "pelos povos selvagens e bárbaros viventes" no intuito de confrontar as diferentes fases do desenvolvimento das culturas humanas.
A África é apenas uma seção, junto da Ásia, América e Oceania, compreendidas como "cultura indígena extra europeia". Esse museu tem desenvolvido, desde 1994, os temas "a descoberta da costa ocidental", "a exploração do continente", e, "a descoberta da arte africana". Possui coleções importantíssimas e objetos renomados como da produção em marfim da costa ocidental (como dos iorubas, Nigéria), além de esculturas, tais quais a do Mayombe e uma das raras estátuas Nkondi de Cabinda existentes ainda no mundo provenientes de populações do litoral da África central, para citar as que ilustram, respectivamente os temas citados e desenvolvidos.
O Museu Pré-Histórico e Etnográfico Luigi Pigorini é detentor de um dos maiores acervos de objetos e peças indígenas brasileiras no exterior. Em 1983, surgiu a oportunidade de realizar uma ampla exposição no prédio da cúria no Fórum Romano, em Roma, no âmbito de um acordo de cooperação técnica entre o Brasil e a Itália.
Para a realização da mostra, foi firmada parceria com a Fundação Roberto Marinho, que se encarregou de enviar técnicos brasileiros que participaram da catalogação, documentação e restauração das peças expostas e da curadoria da exposição, a cargo da antropóloga Berta Ribeiro. Foram cadastrados 5.650 itens pertencentes a 11 museus italianos localizados em nove cidades.
O Fórum Romano então recebia pela primeira vez uma exposição etnográfica estrangeira, que ganhou o título Indios del Brasile – Culture che Scompaiono (Índios do Brasil – culturas que desaparecem) e era composta por 450 peças que revelavam o melhor do acervo do Museu, como o Manto Tupinambá, único exemplar original ainda conservado, e diversos objetos de sua coleção ou especialmente levados a Roma para a mostra.
Além do catálogo, foi editado um volume com textos de antropologia e arqueologia de autores brasileiros e italianos e o livro Etnografia brasileira na Itália.