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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Palácios Reais de Abomé - Benim

Abomé era a capital do antigo reino do Daomé (situado no atual Benin). Esse reino foi estabelecido aproximadamente em 1625. 
Os palácios reais do Abomé compõe um grupo de estruturas de barro construídas  pelos povos fon entre meados do século XVII e finais do século XIX. Os palácios constituem um dos locais considerados pela UNESCO em 1985 como Patrimônio da Humanidade e também como Patrimônio Mundial em perigo, devido aos estragos provocados por um ciclone. 
A cidade era circundada por uma muralha de barro com uma área estimada em seis milhas (Encyclopaedia Britannica, 1911), atravessada por seis portões, e protegida por uma vala de 1,5 m de profundidade, preenchida com uma sebe densa de acácia espinhosa, a defesa característica das fortalezas africanas ocidentais. Dentro dos muros ficavam as residências separadas por campos e por diversos palácios reais, além de uma praça de mercado. Em novembro de 1892, Behanzin, o último rei independente do Daomé, sendo derrotado pelas forças coloniais francesas, ateou fogo a Abomé e fugiu para o norte. A administração colonial francesa reconstruiu a cidade e conectou-a com a costa por uma estrada de ferro, trazendo o Abomé ao mundo moderno.  Quando a UNESCO designou os palácios reais de Abomé como Patrimônio da Humanidade em 1985, registrou que entre 1625 e 1900, doze reis sucederam um ao outro na cabeça do reino poderoso de Abomé. Com exceção do rei Akaba, que usou um local separado, cada um deles teve o seu próprio palácio construído dentro dessa área no mesmo estilo dos palácios precedentes. Os palácios reais de Abomé são a única lembrança deste reino desaparecido. 
Desde 1993, 50 dos 56 baixos-relevos que decoravam as paredes do palácio do rei Glelê (1858-1889), denominado agora Salle des Bijoux ou Sala das Jóias, foram removidos e substituídos na estrutura reconstruída. Os baixos-relevos trazem um código iconográfico que expressa a história e o poder dos Fon. 
Nota: O império que existiu historicamente do século X até 1897 era governado pelo Oba de Benin, cuja capital se situava na atual Benin City na Nigéria, é facilmente confundido com a república do Benin, anteriormente colônia francesa do Daomé, vizinho à oeste da Nigéria. 


Benim 


Situada no Golfo de Guiné, a nação foi um dos maiores entrepostos de escravos entre os séculos 17 e 19, muitos dos quais trazidos para o Brasil. A feijoada e o acarajé fazem parte da cultural beninense. A região é o centro do reinado fon de Daomé, um dos mais importantes da África Ocidental e o palácio real de Abomé é considerado pela UNESCO um patrimônio da humanidade. Capital - Porto Novo (administrativa), Cotonou (sede do governo). População - 6,1 milhões. 


Abomé 


Abomé é o antigo enclave da etnia fon. Foi a capital do antigo reino Dogbagri, de grande esplendor. Resultam especialmente interessantes o Palácio Real onde se podem contemplar os túmulos dos reis Ghezo e Glele que lutaram valentemente contra a ocupação francesa. Destacam os baixos relevos do exterior e no interior as relíquias dos reis, que fazem parte do Museu, onde se exibe uma excelente mostra com tronos, estátuas reais, joias e em geral todo o tesouro deste povo. 


Museu Histórico de Abomé 


Muitos dos objetos do reino de Daomé (território circunscrito na atualidade dentro das divisas da República Popular do Benin) estão hoje conservados no Museu Histórico de Abomé instituído nas edificações do palácio dos reis Guezo e Glelê. Foi fundado em 1943 pela Administração Colonial Francesa, mas desde 1985 é considerado patrimônio mundial pela UNESCO. 
Sua arquitetura é universalmente conhecida pelos baixos-relevos existentes nas pilastras e nos muros desde o fim do século XVIII, com uma iconografia feita animais e cenas de figuras humanas codificadas, modeladas e muito coloridas.