Ernesto Joaquim Maria dos Santos,
conhecido como Donga, (Rio de Janeiro, 5 de abril de 1890 — Rio de Janeiro, 25
de agosto de 1974) foi um músico, compositor e violonista brasileiro.
Filho de Pedro Joaquim Maria e Amélia
Silvana de Araújo, Donga teve oito irmãos. O pai era pedreiro e tocava
bombardino nas horas vagas; a mãe era a famosa Tia Amélia do grupo das baianas
Cidade Nova e gostava de cantar modinhas e promovia inúmeras festas e grandes
reuniões de samba.
Participava das rodas de música na casa
da lendária Tia Ciata, ao lado de João da Baiana, Pixinguinha e outros. Grande
fã de Mário Cavaquinho começou a tocar este instrumento de ouvido, aos 14 anos
de idade. Pouco depois aprendeu a tocar violão, estudando com o grande Quincas
Laranjeiras. Em 1917 consagrou a gravação de Pelo Telefone, considerado o
primeiro samba gravado na história.
Organizou com Pixinguinha a Orquestra
Típica Donga-Pixinguinha. Em 1919, ao lado de Pixinguinha e outros seis
músicos, integrou, como violonista, o grupo Oito Batutas, que excursionou pela
Europa em 1922. Em 1940 Donga gravou nove composições (entre sambas, toadas,
macumbas e lundus) do disco Native Brazilian Music, organizado por dois
maestros: o norte-americano Leopold Stokowski e o brasileiro Villa-Lobos,
lançado nos Estados Unidos pela Columbia.
No final dos anos 50 voltou a se
apresentar com o grupo Velha Guarda, em shows organizados por Almirante.
Enviuvou em 1951, casou-se novamente em 1953 e foi morar no bairro de Aldeia
Campista, para onde se retirara como oficial de Justiça aposentado. Doente e
quase cego, viveu seus últimos dias na Casa dos Artistas, falecendo em 1974.
Está sepultado no Cemitério de São João Batista.
As canções mais conhecidas
Passarinho Bateu Asas
Bambo-Bamba
Cantiga de Festa
Macumba de Oxóssi
Macumba de Iansã
Seu Mané Luís
Ranchinho Desfeito
Patrão Prenda seu gado