Cerâmica tradicional africana
Afonso de Burnay, após 12 anos de busca, descobriu um sitio
arqueológico da civilização de Bura Asinda-Sikka, situado cerca de 70 km de
Niamey na Nigéria.
Ele baseou-se em estudos arqueológicos desenvolvidos nos
países banhados pelo Rio Níger
Em 1994, foi revelada uma espantosa diversidade de culturas
e costumes.
Essa descoberta trouxe uma nova luz para a história da
África e dos seus povos.
A civilização Bura, até então totalmente desconhecida, foi
identificada e reconhecida, como tendo existido há cerca de 2.000 anos no
Níger, na margem esquerda do rio.
São terracotas de forma fálica, vasos semiesféricos e
antropomórficos e figuras ancestrais.
Estes recipientes ricamente ornamentados foram recuperados
em notável estado de conservação.
A datação por carbono estabeleceu a sua criação entre os
séculos III e XI A.D.
Utilizados como oferendas funerárias, foram encontradas
enterradas, com as aberturas viradas para baixo e cheios com os pertences dos
falecidos, dentes e alguns ossos principais.
Um ritual que mostra a forte crença simbólica, incontestável
na fecundidade da vida e morte.