As esculturas de terracota proveniente de Katsina e Sokoto
datam do mesmo período da civilização Nok, de 500 a.C. a 200 a.C.
Pouco se conhece sobre essa cultura e os objetos que existem
são raros.
Katsina, a cidade localizada no extremo norte da Nigéria,
fica à margem do Sahel e faz fronteira com o país vizinho de Níger, com quem
andou tratando de negócios por vários séculos.
Katsina, uma das mais antigas cidades Hauçá cercadas por
paredes, é a capital do Estado de Katsina.
O Minarete de Goborau, um ponto de atração turística mais
pitoresco, é o mais alto prédio feito de tijolo de argila da Nigéria e tem 250
anos.
Uma linda vista de Katsina pode ser percebida do topo, uma
área que organiza os melhores e mais amplos festivais de Durbar.
Historia
Com a chegada dos muçulmanos na Nigéria, a partir do século
XXI, a cultura foi se transformando.
O Islã expandiu-se pela savana, em boa parte, graças ao
comércio.
Onde houvesse entrepostos se instalava.
O Alcorão chegava junto com as barras de sal, os fardos de
tecidos, os cestos, os objetos de cobre e os alimentos ia se insinuando, graças
ao prestígio de que gozavam estas comunidades de mercadores.
A gente local, devota de divindades ligadas a terra, às
águas, às árvores, temia e respeitava este misto de comerciantes e sacerdotes,
que perambulavam com talismãs ao pescoço - saquinhos de couro contendo um
trecho do Corão - capazes de protegê-los de feitiçarias e inimigos.
Além disso, previam o futuro, cuidavam dos enfermos e
rezavam para chover.
Estes mercadores aparecem nos livros como uângaras ou
diuias.
No século XIV os tuaregues se convertem à nova fé.
Nasce um grupo clerical, os Kuntas, afiliado a uma das mais importantes
fraternidades consagradas à penetração do Islã.
No Bornu, entre 1574 e 1728, ao menos doze de seus soberanos
fizeram viagens a Meca, passando pelo Cairo com enormes caravanas.
Para a mesma época, há indicações de islamização extensiva
nos campos.
A dinastia Songai enraizada na curva do Níger se manteve,
todavia, fiel à religião local.
Sua queda, em 1493, ocasionada por uma coalizão de oficiais
e clérigos dirigidos pelo ásquia (rei) Mohamed de Longai, foi o primeiro golpe
de Estado islâmico na África Atlântica.
Entre os Hauçás, no fim do século XV, os soberanos das
cidades-estados de Cano, Zaria e Katsina eram muçulmanos, mas isto não evitou
tensões e resistências.
Na última, um reputado centro de educação, conservavam-se
ritos pagãos de coroação.
O palácio, apesar do islamismo, era um bastião de culto aos espíritos.
Hauçá-Fulani
Ao oeste de Borno a cerca de 1.000 A.D., o povo Hauçá
iniciavam a formação de estados semelhantes nas cidades de Kano, Zaria, Daura,
Katsina, e Gobir.
Porém, ao contrário do povo Kanuri, nenhum regente nesses
estados chegou a deter de tantos poderes suficientes para se impor sobre os
demais.
Embora os Hauçás falassem o mesmo idioma, tivessem a mesma
cultura, e praticassem a mesma religião islâmica, porém não tiveram um rei em
comum. Kano, que era o mais poderoso desses estados, mantinha o seu domínio
sobre todos os estados Hauçá nos séculos XVI e XVII, mas os conflitos com os
estados circunvizinhos acabaram com esse domínio.
Por causa desses conflitos, o povo Fulani, liderado por
Usman Dan Fodio em 1804, desafiou com êxito os estados Hauçás e montou o
Califato de Hauçá-Fulani com sede em Sokoto, e comandando uma larga área que
começava de Katsina ao norte se estendendo até Ilorin, no outro lado do Rio
Níger.